Olhem eu preocupado por ser bairrista e provinciano
Está na moda acusar o FC Porto de ser provinciano e de não conseguir reunir uma base de apoio nacional apesar de ser hegemónico no futebol português pós 25 de Abril.
É da tradição acusar-nos a nós, portuenses, de termos um discurso bairrista.
A este propósito queria deixar escritas quatro coisas:
1.Apesar de, devido à sua reconhecida competência, o FC Porto, como o próprio nome indica, ter vindo a recolher apoiantes e admiradores pelo mundo inteiro, a verdade é que é um clube do Porto e muito orgulhoso da sua denominação de origem;
2.Declaro-me 100% bairrista, no sentido em que tenho um forte e vivo sentimento de pertença à cidade que amo, e onde nasci e cresci;
3.Declaro-me provinciano dos pés à cabeça – e não estou sozinho neste reconhecimento. Em entrevista ao Libération, José Sócrates, nascido e Trás-os-Montes e criado nas Beiras, assumiu o mesmo: “É verdade, sou um provinciano e fiz-me sem pedir permissão a ninguém”;
4.Apenas uma minoria de parolos faz a lamentável confusão de considerar que existe incompatibilidade em ser simultaneamente bairrista, provinciano e cosmopolita.
E para que tu e as mentes 'brilhantes' e sectárias do (F.C.) Porto se convençam que de "bairristas e parolos" e algum conhecimento, todos nós temos um pouco, aqui vai...ALELUIA!
Era a mulher — a mulher nua e bela, Sem a impostura inútil do vestido Era a mulher, cantando ao meu ouvido, Como se a luz se resumisse nela... Mulher de seios duros e pequenos Com uma flor a abrir em cada peito. Era a mulher com bíblicos acenos E cada qual para os meus dedos feito. Era o seu corpo — a sua carne toda. Era o seu porte, o seu olhar, seus braços: Luar de noite e manancial de boda, Boca vermelha de sorrisos lassos Era a mulher — a fonte permitida Por Deus, pelos Poetas, pelo mundo... Era a mulher e o seu amor fecundo Dando a nós, homens, o direito à vida!
NOTA IMPORTANTE - Do mesmo autor (N. no Porto a 6 de Setembro de 1904 - antes do FCP - e M. n sua cidade a 5 de Março de 1984) e curiosamente com o mesmo título!
Não gosto de deixar ninguém sem resposta, mas por norma, não costumo prestar atenção a um qualquer filho DE puta. Abro uma excepção para te dizer - se ainda o não encontraste - que não sou teu pai e que não frequento a pocilga das Antas:-)