Afinal, a PJ não estava distraída
Estou de volta com o assunto "Violência na Noite do Porto". Como se verificou neste fim de semana, afinal nem a PJ/Porto nem o Ministério Público estavam parados ou distraídos. A operação "Noite Branca" levada a cabo na madrugada de domingo foi minuciosamente preparada e planeada durante semanas e, pelo menos neste primeiro momento, permitiu a detenção de vários suspeitos de envolvimento nos assasinatos dos últimos meses e o desmantelamento do chamado "gangue da Ribeira".
Como diz o editorial do "JN" de hoje, foi uma "bofetada de luva branca" a Pinto Monteiro, "que parece ter na criação de equipas especiais para isto e para aquilo, encabeçadasdempre por magistrados de Lisboa, a poção mágica para a resolução de problemas".
Já agora, atentem os bloguistas neste naco do comentário do prestigiado "PÚBLICO", publicado hoje sob o curioso título "O Procurador também dará os parabéns à PJ?" e assinado por José Augusto Moreira:
"À bravata em que se envolveu no interior do MP, o procurador-geral somou esta semana a antipatia da PJ, o que não deixa de ser um mau presságio para quem tem entre as principais funções a direcção e coordenação da investigação criminal.O mais estranho, no entanto, é que tudo isto era desnecessário. Não só porque se torna agora claro que avançou para a nomeação duma equipa especial antes de saber o que se estava a ser feito, como a anunciou mesmo antes de qualquer contacto com os visados. E não foi por falta tempo ou oportunidade.
Face aos factos, torna-se agora difícil acreditar que a decisão de Pinto Monteiro tenha resultado de um genuíno acto de direcção e não de mera reacção perante a pressão dos noticiários. Por precipitação ou induzido? Essa é a chave da questão."
Não me vou sem manifestar a minha satisfação por ter levantado aqui, no post anterior, uma questão que afinal pareceu pertinente a tanta gente e também não resisto à questão "Rui Rio também dará os parabéns à PJ?"