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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

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Vítor Constâncio está fora de jogo

É muito difícil ser árbitro. Sábado, no Dragão, Paulo Baptista errou ao validar o primeiro golo do Porto no jogo contra o Leiria, já que a bola chutada por Bosingwa  foi desviada pelo corpo de Farias, que estava em fora de jogo.

À vista desarmada, no campo e na televisão, o desvio foi imperceptível. Apenas foi detectado depois, por uma repetição televisiva do lance obtida a partir de um ângulo muito diferente do olhar do árbitro e da esmagadora maiorias dos espectadores.

A revista Science et Vie dedicou um interessante  artigo científico à extrema dificuldade de avaliação das situações de fora de jogo , concluindo que a velocidade da jogada, as limitadas capacidades do olho humano  e sua posição no terreno impedem muitas vezes o juíz de linha de tomar  a decisão acertada.

È muito difícil o trabalho de os árbitros que têm a tarefa de supervisionar 22 homens manhosos, que passam hora e meia a correr espalhados por um hectare,  e de se certificarem que as regras do jogo são cumpridas.

A diculdade é acrescida por as suas decisões do árbitro serem tomadas na hora, em fracções de segundo, e sofrerem a concorrência desleal das imagens colhidas por mais de uma dezena de câmaras de televisão e que são repetidas vezes sem conta ao longo do resto da semana.

Há árbitros honestos e outros que nem tanto. Há árbitros competentes e outros que nem por isso.  As competências e honestidade dos árbitros estão sob permanente escrutínio. Os menos capazes ou corruptos são despromovidos ou irradiados. Os melhores são chamados para apitar jogos e competições internacionais.

Vitor Constâncio também é um árbitro. Um árbitro muito bem pago, pois ganha cinco vezes mais que o responsável pela Reserva Federal norte-americana. E um árbitro que não se pode queixar da falta de gente que o ajude, pois o Banco de Portugal emprega 1700 pessoas que custam 160 milhões de euros/ ano e levam vida santa  já que é regra de ouro lá na casa que às 18h00 horas as portas têm de estar fechadas e as luzes apagadas.

O Governador do Banco de Portugal é  bem pago e muito auxiliado mas é um árbitro muito fraquinho que não dá conta das patifarias praticadas debaixo do nariz dele pelos jogadores que era suposto supervisionar.

Esteve distraido, a dormir na forma ou a olhar para o outro lado que não o BCP, nos lamentáveis episódios das 17 off shores anónimas, das 20 off shores dos accionistas, dos empréstimos mais que duvidosoa a familiares e accionistas.

As seis horas de audição parlamentar não chegaram para  nos convencer que ele não sabia das irregularidades. E é claro e cristalino que as trapalhadas que atiraram o BCP para o tapete são o resultado de falhas da supervisão do Banco de Portugal.  

Não estou a dizer que Constâncio seja desonesto e tenha feito vista grossa por mal. Mas é, no míinimo, condescendente, na opinião avalizada do seu ex-colega Ulrich. Provou que não serve para o cargo. Não sei porque teima em manter-se quando toda a gente já reparou que está completamente fora de jogo.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt

Esta crónica foi hoje publicada no diário económico Oje (www.oje.pt)

 

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