Metro ou eléctrico, eis a questão!
A diversidade da avenida da Boavista, cuja densidade populacional se vai rarefazendo à medida que nos aproximamos do mar,
está no centro do debate sobre qual o transporte público que a deve estruturar e ligar do principio ao fim.
A Porto 2001 projectou a restauração da linha do eléctrico, que neste seu segundo fôlego viajaria em corredor próprio (ou seja não se cruzando com o trânsito automóvel), nas faixas laterais da avenida, ou seja convivendo com os peões, tal como já existe ao longo na marginal fluvial.
Rui Rio discorda da opção pelo eléctrico. Enterrou-a e contra propôs uma nova linha do metro, a F, com dez estações espalhadas ao longo da recta, fazendo um anel, ao estabelecer uma ligação alternativa entre a Casa da Música e Matosinhos. Lisboa, pela voz de Santana Lopes e José Sócrates, disseram não ao financiamento a linha F, assim condenada a ficar no tinteiro.
Nos anos mais próximos, se quiser percorrer a mais longa avenida do pais, lá terá de se misturar no inferno do trânsito automóvel – de autocarro, táxi e no seu carro.
Jorge Fiel
FIM
(é mesmo a sério, que esta série dedicada à maior avenida do país acaba mesmo hoje - estejam sossegados que não é engano de 1 de Abril)