Enterrem-no, porra!
Torres da Pasteleira, à face da Diogo Botelho
O Metro do Porto é um curioso sistema de transporte público, já que é um três em um, ao acumular as funções de comboio suburbano (na linha da Póvoa), de metro ligeiro de superfície (na linha de Matosinhos) e de metro convencional subterrâneo (no atravessamento da Baixa e das zonas de traçado urbano mais antigo).
O Governo e a administração do Metro têm razão quando dão prioridade à linha do Campo Alegre sobre a da Boavista, pois é no eixo atravessado pela Diogo Botelho que estão as zonas de maior densidade populacional, os bairros da Pasteleira, Pinheiro Torres, Aleixo e Condominhas, bem como a Universidade Católica e um pólo da Universidade do Porto.
O Governo e administração do Metro não têm uma pontinha de razão quando querem poupar uns euros ao impor uma solução em que a Linha do Campo Alegre seguiria à superfície de Matosinhos até às Condominhas, o que implica deixar uma feia cicatriz na face do Vale do Fluvial e retirar a dimensão de largo e agradável boulevard à nova Via Nun’Álvares.
Enterrem-no, porra! Quando se faz uma coisa de novo é conveniente fazê-la bem, logo à primeira.
Jorge Fiel