Perto da Corrupção
Ontem à noite estive um debate na RTP N com o João Botelho, ex-futuro (parece...) realizador do "Corrupção", e o Eduardo Paz Barroso sobre o famoso filme. Foi uma hora interessante, em que até deu para o JB fumar um cigarro em pleno estúdio. Defendia este que a sua "estética" não se podia rever no filme que está nos cinemas, que a montagem é tudo num filme (citando não sei quem...) e que tinha filmado uma mulher. O EPB falou da Carolina como Madame Bovary e do interessante que é o seu cinema ser sempre ficção. Eu retorqui que JB tinha feito um filme sobre um homem e que, sem ver o filme, o que se pode dizer dele é que nasceu de uma estratégia benfiquista que tinha a ver com futebol, não tinha nenhuma relação com arte, pelo menos nos motivos. Até porque quem conhece o JB e a sua amantíssima esposa Leonor, sabe que se levantam a pensar no Pinto da Costa e se deitam a pensar no mesmo e o filme é uma forma de sublimar estes seus desvios. E que ninguém iria ver nenhuma Madame Bovary na Margarida Vila-Nova a fazer de Carolina. Senti-me muito perto da corrupçao, sobretudo por causa da cara de 'artista' afivelada pelo JB.
Manuel Queiroz