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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Sofia Sousa

“Hoje estou a cometer um excesso”, confessa, Sofia Sousa, 37 anos, enquanto olha, com um sorriso ligeiramente maroto, para o prato (pequeno) de raviolis de espinafres, com beterraba e couve, que trouxe do bufett do restaurante do Holmes Place de Miraflores, explorado pela cadeia de comida saudável Bits & Pieces.

O excesso de Sofia eram os raviolis. Por norma, ela não come massas. “Gosto mais de peixe do que de carne. E na carne prefiro sempre a branca à vermelha”, explicou a directora geral da Holmes Place Portugal, uma rede nacional de 19 clubes, com cerca de 60 mil sócios.

Sofia iniciou com um creme de legumes uma refeição que acompanhou com o sumo do dia (banana, laranja e morango). Estar em forma é uma preocupação que a acompanha desde os três anos, a idade em que a mãe (jurista) e o pai (jornalista) acharam apropriada para ela começar a fazer ginástica no Colégio Portugal, na Parede.

Ganhou-lhe o gosto e nunca mais parou. Fez ginástica desportiva, no Clube Nacional de Ginástica, até que no início da adolescência, em meados dos anos 80, se deixou contagiar pela moda da aeróbica, introduzida por Jane Fonda.

Pelo menos três a quatro vezes por semana, Sofia começa o dia às 7h30 com um treino de 45 minutos, de RPM (bicicleta) ou Total Condicionamento (“trabalha, localizadamente, diversos grupos musculares”, esclarece), em aulas com professor, num dos ginásios da rede Holmes – o seu centro de gravidade está em Algés, mas devido às suas funções, ela passa boa parte da semana em digressão pelos diferentes clubes.

“O treino relaxa-me”, afirma Sofia, que pesa 58 quilos, distribuídos por 1m72 de altura, o que além de excelente cartão de visita para a empresa que gere é a prova dos nove de que compensa ter um estilo de vida saudável, exercitando regularmente o corpo e sendo criterioso na escolha do que metemos na boca.

Licenciada em Gestão de Empresas pela Lusíada (1997) e sócia desde a primeira hora do Holmes (que abriu em 1998, com o clube da Quinta da Fonte), nunca passou pela cabeça a Sofia que iria trabalhar e ganhar a vida no local onde tinha prazer - e que pagava para frequentar.

Debutou profissionalmente no sector financeiro. Após um estágio no Credit Lyonnais, passou pelo BNU, experiência que recorda como deveras gratificante: “Na faculdade inundam-nos com muitos conceitos e teoria. No BNU vi como é que as coisas se faziam na vida real, lidando directamente com os clientes, enfrentando todos os dias situações diferentes. Aprendi muito com esta experiência enriquecedora”.

O departamento financeiro da Samsung, em Linda a Velha, foi a última etapa antes de deitar âncora no Holmes Place Portugal. Soube que havia uma vaga de directora de serviço, candidatou-se e ficou. Foi há uma dúzia de anos que começou a fazer alpinismo na hierarquia da empresa – até atingir, o ano passado, o vértice da hierarquia, dirigiu os clubes de Defensores de Chaves e de Miraflores e foi supervisor regional.

“Gosto do que faço, porque adoro trabalhar com pessoas e para pessoas, Aqui não há rotinas. Todos os dias há situações diferentes para resolver . Temos de ter a cabeça aberta e sermos humildes para estar sempre a aprender”, sintetiza.

Sofia (ainda?) não sentiu os efeitos da crise. Após o acelerado crescimento inicial, o número de sócios está estabilizado nos 60 mil (na maioria mulheres e do escalão etário 35/45 anos). Está preparada para enfrentar algumas desistências no pequeno grupo de sócios absentistas, que não frequentam os clubes (a média geral ronda as duas visitas por semana). Mas acredita que num período de crise as pessoas são mais criteriosas na aplicação do seu dinheiro e não vão poupar na prevenção e privar-se de um estilo de vida saudável.

“O conceito do Holmes é diferente dos ginásios de bairro. Nós somos um clube, que os sócios frequentam para treinar, nadar, fazer um sauna ou banho turco, relaxar no jacuzzi, encontrar os amigos, conviver com eles, fazer uma refeição ou até fechar negócio. É um convívio presencial e por isso bem mais simpático e saudável do que o Facebook”, conclui Sofia.

Jorge Fiel

Esta matéria foi hoje publicada no Diário de Notícias

 

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Bits & Pieces

Holmes de Miraflores, Oeiras

Creme de legumes …1,90

Prato do dia pequeno … 6,50

Prato do dia grande … 7,50

2 sumos naturais … 4,50

2 cafés … 2,40

Total … 22,80

 

 

Curiosidades

 

De acordo com um estudo do IHRSA, apenas 6 a 7% da nossa população faz exercício regulamente (o que não significa necessariamente que estejam inscritos num ginásio ou health club) . Ou seja, o Holmes Place tem uma quota de cerca 10% no mercado de 600 mil compatriotas cuja dose diária de exercício físico vai além do gesto de rodar a chave na ignição do carro e pressionar o botão de chamada do elevador. Há pois margem para o negócio crescer, tanto mais que em Espanha a percentagem de pessoas que pratica regularmente actividade física é o dobro da nossa (14%)

 

Os 900 mil portugueses obesos são, a um tempo, um dado estatístico preocupante e um target apetecível.  Com o reality show Peso Pesado, a Sic faz surf em cima da preocupante tendência para engordar. O Holmes Place Portugal formatou um produto para ajudar obesos e pessoas com peso a mais (40% da nossa população) a tornarem-se mais saudáveis. Peso Vital é o nome deste programa específico, com a duração de um ano e o custo de 149 euros/mês, em que os participantes são reunidos em grupos com um máximo de dez participantes e beneficiam de acompanhamento por um médico e um nutricionista    

 

Sofia não encara como concorrentes do Holmes as cadeias de clínicas de estética que pululam no nosso país como cogumelos depois da chuva: “Não se trata apenas de perder peso. A nossa preocupação vai além disso, contemplando mudança de hábitos e estilos de vida”

 

2 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 31.05.2011

    Calado é a Vossa referência, esse andava sempre deitado e sentado, tal como tu meu cornudo, pegava de marcha atrás.
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