Pois esta tarde - confesso aqui o meu pecado - fui ver o chamado 'filme' ao Arrábida. Sala meio cheia (ou meio vazia) e só posso dizer que o filme é... uma bosta. Como diria um cinéfilo conhecido, "é pior que um filme português". Para quem quer dizer que o filme é só baseado no livro, é evidente que esse é mais um caso de corrupção - só lendo o livro se percebem várias cenas do filme, ou mesmo todo o filme. Ou seja, só mesmo o livro é que não é corrompido nesta história toda. Tirando as maminhas da Margarida, que lá aparecem no meio, creio que sem silicone, outros pontos de interesse cinéfilo são... zero. Francamente, o João Botelho é capaz de fazer muito melhor. Mas o próprio produtor/autor e o JB dizem que foi uma encomenda, que teve que ser feito à pressa - mas mesmo à pressa, podia sair algo de razoável. As personagens não têm conteúdo nem dimensão, a ligação entre as cenas é nenhuma, o ritmo é zero. Senti-me verdadeiramente corrompido nos 5 euros e tal que gastei para o ver. Não me digam que ali há arte, que não há - eu pelo menos, humildemente, não a descortinei. É mesmo pior do que eu imaginava. Aparecem até o João Malheiro (a sua maviosa voz) e também o Príncipe dos Queijos (vulgo Nelson Veiga, ex-jornalista e também ele bom adepto de um conhecido clube do Sul que não tem nada a ver com o filme nem com a estratégia que levou a que o livro e o filme existissem). Ah!, e aparece várias vezes também o Correio da Manhã, que também não tem nada a ver com nada. Muito perto de corrupção pura....