É um privilégio fazer parte de um projecto,que será líder de reflexão e intervenção, para a defesa dos interesses do Norte mas sem por em causa a nossa unidade Nacional.
O Norte está esquecido, o excesso de centralismo da capital em todas as matérias é mais que evidente e o que me dói é que os políticos que vivem no Norte logo que são escolhidos para ir para a Capital muito fácilmente esquecem as suas origens, é o poder ou a ânsia do poder, não queremos que façam favores mas que sejam justos e principalmente corajosos.
Quem não se lembra dos problemas que o centralismo colocou quando da construção do Metro, do isolamento do aeroporto Francisco Sá Carneiro.......
Para mim e para todos que se juntarem a esta nossa vontade de recolocar o Norte onde é devido para bem de Portugal,será o início de um novo ciclo que os nossos filhos agradecerão.
Aproveitando mais um dia em Marselha, fui com o meu filho João ao Chateau d'If, o castelo de onde se evadiu Edmond Dantès, alias o Conde de Montecristo, do livro de Alexandre Dumas. O castelo que primeiro foi local de vigia e depois prisão, está numa ilha em frente a Marselha (dez minutos de barco) e vale a pena uma visita. E que vem o Conde fazer a este blogue? Pois o Montecristo foi também um lutador pela justiça e pela (sua) liberdade e por isso também pode fazer, simbolicamente já se vê, deste Exército de Salvação que o Serrão evocou num dos primeiros 'posts'. Acresce que os charutos que adoptaram o mesmo nome também nunca ficaram mal nos nossos jantares - dos quais ainda ninguém falou até agora, mas que foram o pré-texto para esta Bússola quenunca se engana. Por falar nisso, estando longe gostava de saber que tal correu a cabidela ontem em Sangalhos? Ainda devem estar a ruminar (por assim dizer...) e por isso ainda ninguém deu notícia.
É com alguma distância crítica que junto a minha voz ao coro de aplausos ao regresso do eléctrico à Baixa, um feliz mas insuficiente acontecimento que dura há já um mês.
A Linha 22, ou da Baixa, vem juntar-se à histórica e resistente Linha 1 (Infante-Cantareira) e à Linha 18, que faz as vezes de elevador ao vencer a íngreme rua da Restauração, ligando o rio, em Massarelos, à zona dos Leões.
O regresso dos eléctricos à Baixa era um dos principais fundamentos do Plano de Mobilidade para a cidade, desenhado por uma equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), no âmbito do Porto 2001, que esteve a ganhar mofo na gaveta durante os quatros anos do primeiro mandato de Rui Rio.
A reconquista das ruas ao automóvel era o alfa e o ómega do Plano de Mobilidade, que reservava ao eléctrico um papel nuclear na nova rede urbana de transportes, que tinha como nova vedeta e âncora o Metro.
À Linha da Baixa (com um desenho bastante idêntico ao actual percurso do 22) estava destinada a função de estabelecer a ligação entre dois principais núcleos comerciais – Leões/Cedofeita e Batalha/Santa Catarina -, atravessando o coração do centro (a avenida dos Aliados).
Nos dois extremos terminais, a Linha 22 articula-se com o funicular de Guindais e a Linha 18, garantindo ligações ao Douro (na Ribeira e em Massarelos) e amarrando-se nestes dois pontos à Linha 1, que outrora seguia do sopé da Igreja de S. Francisco (Praça do Infante) até ao mercado de Matosinhos -e que agora se detém na Cantareira, dando por concluída a sua tarefa no lugar onde o rio encontra o mar.
A rede de eléctrico já e razoável na sua extensão e configuração, mas ainda sabe a muito pouco quando analisada do ponto de vista da frequência.
Ao passar apenas de meia em meia hora, a Linha 22 é um óptimo programa para os turistas, que a bordo de um aprazível e barato meio de transporte ficam a conhecer toda a Baixa e com ligações fáceis à Ribeira, Marginal e Foz. É, também, uma bela maneira de reformados e outros desocupados matarem com qualidade o excesso de tempo livre de que dispõem. Mas não é uma alternativa razoável, como meio de transporte, para as deslocações quotidianas das pessoas com afazeres.
Se estou nos Leões e preciso de ir à Batalha, não posso, nem quero, arriscar estar meia hora à espera do eléctrico. Ou apanho o autocarro ou opto por ir a pé.
Para o regresso do eléctrico ajudar mesmo à revitalização da Baixa é urgente fornecer companhia ao solitário carro eléctrico que faz a Linha 22 e reforçar o percurso com pelo menos mais dois carros.Dez minutos é o máximo tempo de espera tolerável para um transporte colectivo, nas horas de expediente.
Acho um enorme desperdício investir um milhão de euros num eléctrico que é apenas turístico.
Tragam, por favor, para as ruas os carros eléctricos que vivem agasalhados no Museu do Eléctrico, em Massarelos.
Ponham, por favor, em cima da mesa o projecto da equipa da FEUP que preconizava que a Linha 1 volte a desaguar em Matosinhos, amarrando-se aí à rede de Metro, depois de fazer um belo percurso por toda a Marginal.
E, por último, não se esqueçam (também por favor…) de que a melhor e mais barata alternativa ao Metro na Avenida da Boavista é uma nova linha de eléctrico, que ligue o Castelo do Queijo à Rotunda da Boavista.
São mais de 200 obras (quadros) expostas no edifício da Alfândega do Porto. O mestre Júlio Resende vê pela primeira vez reunido um tão extenso espólio da sua autoria, o que só por si é um acontecimento a merecer destaque e elogios... Quadros muitos deles raramente vistos à luz do dia, propriedade de particulares que no recato das suas casas os vão conservando longe dos olhares públicos - por prazer, por vaidade ou por qualquer outra razão que só eles conhecerão. Portanto, uma visista que valerá a pena fazer, com o tempo e com a calma que a exposição requer.
Uma inauguração a preceito, com o Presidente da República a dar o brilho merecido ao acontecimento e a garantir um mínimo do mediatismo indispensável a estes acontecimentos. O que suscita reflexão é a confissão de desconhecimento que o homem, Cavaco Silva, mostrou perante o artista. A sua surpresa perante a dimensão da obra, a luminosidade da pintura ou o ter-se mostrado sinceramente "impressionado" com a retrospectiva vai muito para lá do relativo afastamento que, como ele, milhões de portugueses têm e até cultivam perante as Belas Artes.
A verdade é que Júlio Resende, um mestre da pintura com uma carreira que vem do início dos anos 40 do século passado, um nome incontornável dos movimentos modernistas do pós-guerra em Portugal, que fundou e participou em movimentos marcantes da história da Arte portuguesa, que é reconhecido como uma dos maiores contemporâneos, etc, é um desconhecido!
Nunca foi elevado ao panteão das estrelas ou ao naipe dos favoritos do mediatismo dos nossos órgãos de comunicação social que dão a impressão de a ele se referirem sempre sem grande entusiasmo a maior parte das vezes por obrigação... Já lemos e vimos jornais, rádios e televisões gastar páginas e horas com artistas com uma dimensão incomparavelmente menor à de Júlio Resende, homenagens prémios de carreira, entrevistas em horários nobres informativos com figuras de cujo nome hoje nem nos lembramos... E Júlio Resende? Notícias, críticas, algumas reportagens e programas televisivos, mas nada de marcante, que seja de referência obrigatória e quase sempre remetido para horários esconsos ou páginas de fim de jornal.
Júlio Resende não militou nos meios mais "progressistas" pós-Revolução de 1974 e, por aqui, não beneficiou das atenções e do tratamento favoráveis que os que dominavam a Cultura e as Artes reservaram para os seus...
Júlio Resende nunca saiu do Porto e, assim, perdeu os favores da capitalidade, a divulgação dos museus "nacionais" e o convívio com os que determinam o que é "in" e o que é "out" , o que sai na comunicação social e o destaque a que tem direito este ou aquele artista...
Não é que o Porto também o tenha tratado muito bem - o caso da "Ribeira Negra", obra dedicada à cidade e que continua empacotado na Cãmara, é paradigmático... E teve que ser Gondomar, do tão criticado Valentim Loureiro, a acolher o artista e a dar-lhe condições de trabalho de exposição da obra na Fundação de Júlio Resende, sita ali na marginal do Douro a caminho de Entre-os-Rios.
Vamos lá ver a obra do mestre no edifício da Alfândega que vale a pena. O Porto e o Norte têm que se orgulhar dos seus artistas e devem demonstrá-lo!
P.S. Eu não sou um especialista ou sequer crítico de Arte. Apenas falo de Resende como uma figura que me parece insuficientemente conhecida dos portugueses.
Começo por citar o Jorge Fiel, o nosso bloguista encartado, no título deste post para vos dar uma informação e fazer um esclarecimento útil e universal.
Antes porém e em primeiro lugar quero fazer uma advertência.
As precipitações podem ser traiçoeiras .
Ás vezes até nos fazem "engolir em seco".
Agora sim.
Chamo-me Fernando Rocha. Uso efectivamente óculos. E há muito tempo que não mudo de óculos, que é uma coisa muito diferente de mudar de lentes. Coisas da vida!
Não conto anedotas . Não sei contar anedotas. Nunca contei uma anedota em público porque seria desastroso. Sei que não teria piada absolutamente. Vai daí. Não ganho a vida a contar anedotas.
Chamo-me Fernando Rocha há mais anos que o Fernando Rocha das anedotas , pessoa que não conheço.
Chega?! Estão esclarecidos?
A "finta" resultou e vocês "embarcaram".
Apesar de não serem para mim agradeço os vossos comentários.
Envio cumprimentos para todos e já agora, como diz o Fiel, extensivos a toda a família.
Final: 1-1 (Niang, 69, e Lucho, gp, 78). Para um jogo em que podia ter goleado, o FCP não fez um bom resultado. Mas o empte não é péssimo.Grande noite e grande ambiente no Velodrome, com um público que canta e grita todo o jogo, embora eu até ache que este apoio "à inglesa", esteja o jogo como esteja, é um pouco esquisito. Não se vibra com o jogo, porque os gritos e os cânticos acabam por não ter nada que ver com a forma como ele se vai desenrolando. É vibrar porque sim, não é viver o jogo. É verdade que as centenas de portugueses nunca se ouviram, isso sim, mas não sei se justifica tantagritaria sem verdadeiro objecto...
Intervalo: 0-0. Impressionante primeira parte do FC Porto, que atirou duas bolas ao poste direito da baliza de Mandanda por RaulMeireles (10 e 19 minutos). O FCP deve ter tido uma posse de bola de perto de 70 por cento, o que é impressionante no Velodrome. Mariano Gonzalez muito mal quase sempre e Quaresma apostou em jogar para a Bola de Ouro e não para marcar golos.
"Massalia Patria Nostra", é um enore cartaz que se vê na tribuna por trás da baliza de Helton. Massalia era o nome antigode Marselha, uma cidade que não é bem França e
m muitas coisas.
Mariano Gonzalez a titular neste terceiro jogo da Liga dos Campeões - pela primeira vez, o argentino joga a titular. Sai Tarik, agora que acabou, ha duas semanas, o tempo do Ramadão, FCP: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves, Fucile; Paulo Assunção, Lucho, Raul Meireles, Mariano Gonzalez; Lisandro e Quaresma.
Muito frio no Velodrome, onde algumas centenas de portugueses estão numa espécie de gaioa num canto do estádio, que tem lotação de 57 mil lugares e deverá ter menos de 45 mil ocupados.
Logo à nascença, por destino ou condição familiar, tive este despacho de pronúncia:
- És do Norte!
Sou minhoto, nascido numa aldeia do Distrito de Braga onde os meus avoengos maternos cultivaram a terra por várias gerações. O meu Pai é Amarantino, distritado no Porto portanto, e também nascido no seio de uma família rural que se sitiou há algumas gerações na bonita freguesia de Mancelos.
Raízes fundas, aprumadas e arreigadas ás terras firmes do Norte.
Com episódicas passagens pelas terras ímpias da mourama, assentei meus arraiais, desde tenra idade, na bonita praia de Leça da Palmeira. Lá fiz a educação primária, passando para o Liceu de Matosinhos e mais tarde para a Universidade do Porto de onde acabei por transitar para a Universidade Católica no Porto, onde viria a concluir o meu curso de direito.
Cresci, portanto, repletamente, sobre o sol cristalino do Norte.
Casei-me em Braga com uma nortenha, filha de dois nortenhos. Tenho dois filhos nascidos e baptizados no Norte.
As minhas flores, os meus frutos são cheios do Norte.
Depois de casado, já lá vão 15 anos, instalei-me no Porto onde vivo ainda. Sempre trabalhei no Porto, ou pelo menos a partir do Porto.
Sou assim, um nortenho dos 4 costados: um genuíno pronunciado do Norte.
De mim, não esperem por isso tibiezas em relação a esta aclarada condição.
Sou também um apaixonado do meu País que, como eu, nasceu no Norte e aqui cresceu e se desenvolveu gerando frutos, nem todos com a mesma gloriosa história.
Em suma, eu e o Portugal que eu amo temos a mesma indiscutível condição - a do Norte e por isso, também, a mesma amada e genuína pronúncia.