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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

...ao fim da rua, ao fim do mundo!

 

 

 

1 - Faz hoje 20 anos que nasceu a TSF.

A rádio em Portugal mudou.

Mudou pela "agressividade" da estação e da informação, pelos seus quadros jovens, pela disponibilidade, pela forma, pela "lufada de ar fresco ".

Os tempos da rádio tipo Emissora Nacional estavam condenados ao fracasso.

Sou jornalista. Trabalhei na Rádio Comercial - uma TSF dos anos 60 com uma imensa condicionante que era a censura - entre outros meios de comunicação mas também na Rádio Nova, mais ou menos simultânea da TSF. Era muito parecidas e na altura de grande sucesso.

A Nova liderava no grande Porto para onde estava voltada. Foi a Nova que amplificou a TSF no Porto e a TSF fez o mesmo com a Nova em Lisboa.

Pode  dizer-se, em linguagem moderna, que se utilizaram as sinergias de ambas para atingir o sucesso.

Foi uma grande experiência. Foram tempos heróicos .

A TSF manteve-se fiel ao seu estatuto, ficou como rádio-notícias , mesmo com a renovação de alguns dos seus quadros, a NOVA "perdeu-se" com a saída de jornalistas "ancora" e com a alteração de filosofia editorial. Passou duma rádio de informação contínua para ser um "grande gira-discos". Saiu de cena.

Parabéns TSF

Os políticos tiveram que alterar os seus ritmos. Havia a necessidade de estar sempre atento e disponível . O temo das perguntas "simpáticas" tinha acabado. As noticias deixaram de ter hora certa.

Era notícia era para dar...

2 - O mítico treinador do FCPorto , José Maria Pedroto, tinha uma frase onde expressava todos os problemas e dificuldades que o seu clube tinha quando ia jogar a Lisboa.

Dizia mais ou menos isto e cito de memória: "...quando passamos a Ponte D. Luiz já estamos a perder um a zero".

Eram tempos longínquos, as comunicações era muito difíceis , as acessibilidades muito complicadas. As distâncias era muito grandes.

O que é grave é que tantos e tantos anos depois o discurso seja muito parecido.

Há dias no JN, Mário Dorminsky, o director do FANTASPORTO, que está a decorrer,  lamentava-se e dizia que "Lisboa tenta sempre dinamitar o que sai do Norte".

Ele lá sabe, Mas que o país está mais centralizado do que nunca é uma verdade. Que o centro de decisão e onde tudo acontece e se faz com que aconteça é em Lisboa.

Do tipo Portugal é Lisboa, o resto é paisagem!...

Não deixa de ser interessante que dias antes, numa conferência, o Ministro Augusto Santos Silva tenha dito que há "racismo" em Lisboa para quem chega do Porto.

É uma verdade.

Não foram os "lobbies" da capital que "mandaram embora" a ministra da cultura ainda recentemente e no passado Fernando Gomes não foi "corrido" pelas intrigas palacianas de Lisboa?

Deixo só este testemunho.

No ano passado, durante a Trienal de Arquitectura, em Lisboa, estava a ser apresentado um grande projecto dum Museu Nacional a ser construído no Norte. Tudo a gente estava entusiasmada. Havia Ministro, arquitectos, administradores de grandes grupos e muita gente da cultura. Perante o grande entusiasmo geral aconteceu a exclamação duma circunstante para o Ministro da Economia.

-Senhor Ministro temos de trazer isto para Lisboa.!

Está tudo dito.

 

 

 

 

 

A Dona Luisinha do 6º D

A minha mãe mora no 6ºC e tem uma boa impressão da vizinha do lado. Diz-me que a Dona Luisinha do 6º D está sempre pronta a ajudar – só tem o defeito de não conseguir evitar dar uma enorme publicidade às suas boas acções.

Sempre que empresta dinheiro à mulher do senhor Zé Manel ou vai à farmácia aviar a receita para a viúva do 10º A que está acamada, a Dona Luisinha faz questão que o prédio todo tome conhecimento destes seus actos generosos.

A minha mãe não aprecia que este vício da vizinha do 6º D e por isso evita pedir-lhe alguma coisa pois já sabe que esse favor vai ter o preço de cair no domínio público do prédio.

Vem a história da Dona Luisinha a propósito da excelente campanha publicitária em que o BES chama a atenção para o facto de que ser muito mais do que um banco que obtém lucros gordos a vender caro aos clientes o dinheiro que lhes compra barato.

A campanha é feliz não só do ponto de vista estético, mas também do ponto de vista de «timing» já que 2007 foi o primeiro ano em que as notícias do BES não transbordaram da página financeira para a dos escândalos, ao contrário do que sucedeu com os seus principais concorrentes.

È também feliz para as cofres dos meios de Comunicação Social que foram bafejados com ela. Três páginas duplas de publicidade (na versão tablóide) são um maná dos céus nestes tempos de incerteza e vacas magras.

Vejo a campanha do BES como um «teaser» para a divulgação do Relatório de Responsabilidade Social em que o banco detalhará o que fez para dar de volta à comunidade parte do dinheiro que ganhou no seu negócio.

A responsabilidade social e a sustentabilidade estão definitivamente na moda e todas as grandes companhias cotadas sentem a obrigação de acompanhar o Relatório e Contas, onde explicam como ganharam dinheiro, de um outro relatório onde pormenorizam como devolveram à sociedade parte da massa que lhe extraíram.

Só posso elogiar as empresas que se preocupam em reparar o que estragaram na Natureza com a sua actividade -  e que devolvem parte dos seus lucros sob a forma de subsídios à investigação científica e patrocínios culturais ou a actividades nobres de organizações não lucrativas. Só posso admirar companhias conscientes do seu papel social e que actuam em conformidade.

A única coisa que não me parece tão bem é que as empresas não resistam à tentação de obter ganhos de imagem à custa do bem que fazem, armando-se em santinhas e transformando-se numa espécie de correspondentes empresariais à Dona Luisinha do 6º D.

O Antigo Testamento ensinou-nos que dar aos pobres é emprestar a Deus - e que é um acto de justiça ajudar os necessitados. Mas o Novo Testamento precisa que esta ajuda não deve ser prestada com ostentação ao dizer-nos: «Que a tua mão direita não saiba o que fez a esquerda».

Março está aí, ao dobrar da esquina, e com ele o cortejo dos Relatórios – de Contas e de Responsabilidade Social. Nesta altura, acho que vale a pena pensar neste precioso ensinamento bíblico e evitar o pecado mortal da soberba.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt

Esta crónica foi ontem publicada do diário económico Oje (www.oje.pt)

 

Bolhão de ar fresco

                                        

 

   Leio nos jornais de hoje a preocupação crescente com o futuro do mercado do Bolhão. Uma petição já está em andamento e algumas figuras desdobram-se em depoimentos contra o futuro daquela referência da cidade. Uma delas é Siza Vieira que, cito  "teme que seja um desastre o futuro do mercado do Bolhão".

 

   Não sou ninguém para criticar Siza Vieira, não percebo nada de arquitectura e as obras que s ão feitas aprecio-as da mesma maneira que o faço com o vinho:   se me sabe bem, gosto, mesmo que custe cinco euros a garrafa, se me sabe mal, não gosto mesmo que o custo da garrafa ande pelos 40 euros.

 

   Com as obras arquitectónicas passa-se o mesmo: se visualmente gostar acho óptimas, caso contrário, por muitas justificações que me ofereçam , não vale a pena porque não gosto.

 

   Sinceramente não sou um apreciador das obras de Siza Vieira. Respeito o prestigio que tem mas não temos todos que gostar da mesma coisa.

 

    Na arquitectura parece haver uma corrente concentrado em três ou quatro arquitectos a quem são atribuídas quase todas as grandes obras, deixando pouco espaço para muitos arquitectos , na maioria jovens carregados de criatividade e bom senso. Então da parte de Câmaras Municipais nem se fala na tentação que existe para dizerem que os arquitectos de determinadas obras são dois ou três mais referenciados.

 

   Sinceramente sou a favor da requalificação que está prevista para o mercado do Bolhão. Em, primeiro lugar porque oferece um futuro a um edifício que está a cair aos bocados, velho e degradante . Depois porque prevê o regresso das tradicionais vendedoras agora em condições que nunca tiveram. Depois porque vai ter espaços comerciais e, a par disso parque de estacionamento e habitações, mantendo a fachada original.

 

   Quem percorrer as grandes cidades percebe que os "shoppings" e os espaços comerciais fazem parte da vida dos centros históricos.

 

    Com o devido respeito pelo arquitecto Siza Viera, desastre foi mesmo a transformação da Avenida dos Aliados num imenso deserto, mais parecido com um aeroporto do que com um jardim com carácter como era o que existia. Um projecto pensado e assinado pelo próprio e Souto Moura.

 

    Eu não assino a petição contra a qualificação pensada para o mercado do Bolhão

 

 

 Um abraço a todos

 

Saudações

 

 

 

 

......quanto maior o sacrifício maior a glória

 

 

 

 

 

 

 

 

Este sábado fui a um almoço na casa de Serralves ,onde se reuniram todos os economistas que se licenciaram na faculdade de Economia do Porto no ano de 1977, trinta um anos!

 

Estamos a falar de cerca de oitenta economistas que cobrem um universo do nosso tecido empresarial muito importante.

 

Como podem imaginar encontrei de tudo, gordinhos, gordinhas, carecas, cabelos brancos, mas todos a trabalhar em pleno ,o que demonstra  que apesar de todas as vicissitudes do pós 25 de Abril com reestruturações a seguir a reestruturações constantes durante o respectivo curso, demonstra a qualidade que todos tínhamos para superar todas essas dificuldades e ir para a luta.

 

Neste universo de pessoas estavam quadros de topo das principais empresas do nosso país, que apesar de serem do Porto tiveram que ir para Lisboa, Madrid e Barcelona pois as oportunidades nesta cidade não existiam nessa época e muito menos agora.

 

Este post  pode não ter interesse nenhum para a grande maioria, mas o que pretendo mais uma vez é ser  porta voz destes meus colegas, que nesta cidade, nesta região continua a nada se passar, o marasmo continua, o fatalismo aumenta , não há liderança que tenha uma visão aberta para o Norte que seja independente do poder político, que não sejam obrigados a engolir sapos vivos!

 

Um momento, vou-me despedir da minha sobrinha de 31 anos, que vai para a Corunha exercer a sua actividade de designer .....começámos cada vez mais a ver os nossos jovens a fugir......deste marasmo!

 

 

 Mário Rui Cruz

 

 

 

 

 

 

Em Portugal, O Poder Descai!

 

Por razões familiares não pude presenciar a mais um debate inserido no Ciclo “Olhares Cruzados sobre o Porto” que a Universidade Católica e o Jornal Público têm organizado com elevado brilhantismo e expressiva participação.

Soube, no entanto, por amigos e pelas notícias dos jornais, os ecos e os principais sublinhados desse debate que teve como oradores, para além do anfitrião, Prof. Dr. Alberto de Castro, o jovem Presidente da Unicer,  António Pires de Lima e o resistente Pároco de Aldoar, Padre Lino Maia, um verdadeiro guerrilheiro da pobreza e da exclusão social.

O tema em apreço era o desemprego e o empobrecimento do Norte. Para além do diagnóstico conhecido que mostra que o desemprego é mais desfavorável no Norte do que no resto País – mais intenso, mais focado nas mulheres, nos jovens e nos menos escolarizados, foram sugeridos pelo Presidente da Unicer dois motivos de relevo que fundamentam este reconhecido “empobrecimento”:

O primeiro motivo é o modelo económico do Norte muito assente em indústrias tradicionais que não souberam antecipar a necessidade de encontrarem um novo paradigma de desenvolvimento económico, em que o “eixo de competitividade” das empresas migra de factores comparativos, como a mão-de-obra barata, para factores dinâmicos como a marca e o design.

O segundo motivo, afirmou o Presidente da Unicer, é que os empresários do Norte esqueceram-se de investir nas “competência relacionais” porque em vez de irem todos ao mesmo restaurante como os empresários de Lisboa, os empresários do Norte “comem em casa ou na cantina da fábrica”.

O Dr. António Pires de Lima sabe bem que os nossos sectores tradicionais anteciparam muito melhor do que os habituais arautos da desgraça vaticinavam, a referida mudança de paradigma. O desempenho recente do Têxtil e do Calçado portugueses, são exemplo paradigmático do referido. São dos sectores que melhor resistiram a uma acelerada e agressiva globalização e que, hoje, mais contribuem para o incremento das exportações portuguesas.

A verdade é que o fizeram á custa de deslocalizarem, ou mesmo abandonarem aquelas dimensões produtivas que mais se associam à mão de obra intensiva, com consequências perversas, mas previsíveis sobre o emprego da Região.

 Tão previsíveis que eu julgo que a culpa deve ser procurada não neste instinto de “sobrevivência empresarial” que os empresários do norte afinal tiveram, mas na falta de políticas públicas activas de formação e de emprego, que compensassem a mudança de paradigma económico imposto pela globalização e pela modernidade.

O Dr. António Pires de Lima sabe bem que os empresários portuenses não têm como desenvolver “competências relacionais” num País com esta tamanha macro-cefalia. A não ser perdendo muitos dias e muito dinheiro em trânsito para Lisboa, para manterem uma relevante assiduidade nesses “restaurantes relacionais” onde o País se decide.

Por saber destas coisas é que Dr. António Pires de Lima que começou já a aprender o Norte, acabou por concordar que o principal fundamento deste empobrecimento reside, afinal, no reconhecimento, finamente sugerido por Alberto de Castro, de que em Portugal “o Poder descai”.

 

 

António de Souza-Cardoso

 

 

 

 

 

 

 

 

Bis de Lisandro e hat-trick de Pinto da Costa

 

Enquanto ainda não é possível saber se o Benfica e o Sporting vão contribuir para alargar ainda mais o fosso que os separa do lugar cimeiro da tabela  ( que o FCP ocupa ininterruptamente há mais de 2 anos...) o fim de semana futebolístico ficou marcado pelo bis de Lisandro e pelo hat - trick de Pinto da Costa.

 

O bis do argentino que este ano explodiu no FCP e tem feito o gosto ao pé sempre que o treinador não se pôe a inventar arranjando-lhe outras zonas de terreno para ele pisar, tem pouco que se lhe diga. É só fazer as contas como dizia o Guterres. Foi primeiro um e depois dois , ambos  a passes de colegas e compatriotas do país que também veste de azul e branco na selecção.

 

Concentremo-nos então no hat-trick do presidente portista conseguido uma vez mais no terreno do adversário , a SIC , onde ele já foi proscrito e agora é recebido com´as mesmas honras do Presidente da República. Que se tenha visto ,  só faltou o dr Balsemão em cima da passadeira vermelha  , que também na verdade era só virtual  , talvez por causa da cor não ser a mais indicada.

 

Perante o olhar embevecido do Rodrigo e da Clara , Pinto da Costa  consumou o hat - trick ,despachando-os em três penadas , que era preciso voltar depressa para o Porto , que jogava no dia a seguir e ele não é como aqueles Vieiras que passam a vida a faltar aos jogos dos clubes a que presidem por dá cá aquela palha. É caso para dizer aos benfiquistas que todos os burros comem palha..é preciso é saber dá-la. E o actual presidente tem sido exímio....

 

Pinto da Costa  , nesta fase avançada da sua vida , só costuma dar entrevistas quando precisa de dizer alguma coisa e na última sexta não fugiu à regra. Foram três os coelhos que ele tirou da cartola ,  dando corpo ao famoso truque do chapéu , mais conhecido em futebolês por hat-trick.

 

Primeiro . O Apito Dourado é uma palhaçada motivada por uma guerra Lisboa - Porto  dentro do Ministério Público e da PJ como o Procurador Geral da República teve ocasião de informar e confirmar.

 

Segundo. O célebre livro que esteve na origem da reabertura dos processos que tinham sido arquivados tem o dedo do Benfica e  foi escrito a várias mãos  , sendo  uma fraude congeminada pelo senhor Vieira e por uma jornalista que é visita de sua casa , até porque o original está guardado em boas mãos.

 

Terceiro. A credibilidade da testemunha principal da coisa está ferida de morte pela própria dra Morgado ( que com o marido perseguem o presidente do Porto há muito por razões insondáveis.. ) quando manda arquivar de novo o processo das agressões a Bexiga , não acreditando em Carolina que se confessa mandante do crime em investigação.

 

 

Foram três golos de belo efeito numa entrevista que nunca foi para falar de futebol porque o futebol , este ano e mais uma vez já não tem nada que discutir.

 

Exército de Salvação Nacional

 

Batalhão Bússola

 

Destacamento de Matosinhos

 

Manuel Serrão

PATRIOTAS

    

    É assumido que em Portugal todos gostamos mais de clubes que de futebol. Não vale a pena esconder. E parece-me que nos outros países o cenário é igual, excepção, provavelmente, a Inglaterra. Vem isto a propósito das competições europeias e da rivalidade entre clubes. A seguir ao jogo de terça – feira com o Schalke vi o meu telemóvel inundado de mensagens de amigos meus do Benfica e do Sporting.

   “Já foste…”, eh,eh,eh …”, “Ganhámos…”, “Sou do Schalke desde pequenino…”, ou “Vocês não jogam um c…”, foram só alguns dos “mimos” que recebi depois da decepcionante derrota na Alemanha.

   Não é de agora, é de sempre. E não escondo que faço rigorosamente o mesmo aos meus amigos quando a situação é inversa. Felizmente que é mais de cá para lá do que o contrário.

   Quero com isto dizer que esta vontade que temos de ver os clubes rivais perder não é exclusivo de adeptos de um só clube mas de todos.

    Um amigo meu, na quinta – feira à noite nem conseguiu ter fome depois de ver o Benfica empatar nos descontos e sentir diluir-se a alegria que lhe ia na alma quando aos 88 minutos o Nuremberga vencia por 2-0.

    Ele que logo aos três minutos já não quis ver mais o jogo do Sporting porque desde cedo Pereirinha tinha tirado esse gosto, mais a mais, dizia ele, com João Mourinho a imitar Quaresma com um cruzamento de trivela ”.

     Quando lhe liguei por volta das 23 horas, a primeira coisa que me disse foi: “Estragaram-me a noite. Nem vou dormir bem”.

    Às vezes bem tentamos disfarçar por se tratar de uma equipa portuguesa e devemos por isso mostrar um sentimento patriota . Só que esse argumento já começou a deixar de fazer sentido porque em quase todas as equipas de topo há jogadores portugueses e por isso a resposta é sempre a mesma: quando o adversário é um Manches ter , Inter , Chelsea e por aí adiante invariavelmente leio as seguintes sms : hoje sou patriota. Quero que ganha o Cristiano Ronaldo, o Figo ou o Mourinho”.

    Ou seja, não vale a pena disfarçar.

    Outro amigo meu, também do FC Porto já me disse: “Se o Benfica ou o Sporitng forem à final da taça UEFA até se vão esquecer que ganhamos a Liga dos Campeões. E o título então nem interessa para nada.

    É assim cá. É assim lá por fora. E se não fizermos disso umas guerra mas umas apenas uma saudável rivalidade, também sinceramente, não vejo mal nenhum.

 

 Crónica publicada no Jornal de Noticias- 23.2.2008

O novo director da PJ do Porto

 (Alípio Ribeiro, director-nacional da PJ)

 

Muito interessante a notícia que acabo de ouvir na TSF: Almeida Pereira é o novo director da PJ do Porto. Almeida Pereira é genro do famoso capitão Corvacho, mas é também magistrado do Ministério Público e era até agora o nº2 de Hortênsia Calçada no DIAP Porto. Foi um dos acusados de portismo (ele que parece que professas outra fé clubística) e, numa carta anónima que alguns pensam ter sido enviada por uma jornalista do Porto, foi acusado de andar a mando do FC Porto, de ir sempreparao camarote VIP do Dragão e de acompanhar o clube nas viagens ao estrangeiro. E houve jornais que tentaram provar isso enviando repórteres para estádios e aeroportos para tirar fotos. Que nunca apareceram.

AP é também amigo de Fernando Negrão, antigo director da PJ e deputado do PSD, e de Helena Calçada, a procuradora que procura a "Noite Branca" no Porto. Foi convidado por Alípio Ribeiro que, assim, pode conseguir um abaixamento das tensões entre o MP do Porto e de Lisboa. Vai para o lugar até agora desempenhado por outro magistrado do MP, Vítor Guimarães, que se demitiu há dias.

É interessante ainda, neste caso, verificar como andou a bater válvulas o Eduardo Dâmaso - que só não enganou o José Manuel Fernandes,director do Público -, quando ontem foi à SIC N comentar a entrevista de Pinto da Costa que acabara de ser emitida. Até se lembrou de Tommaso Buscetta, um dos arrependidos da Mafia, para dizer que as testemunhas que viveram as coisas por dentro são sempre credíveis. Claro, só que Tommaso Buscetta nunca se enganou clamorosamene nos pormenores que deu dos casos à Justiça italiana. Bem ao contrário de Carolina, como bem se sabe.

Já David Borges, que também esteve a comentar a entrevista, disse o que é óbvio: como é que a senhora pode ser considerada credível depois de ter dito tantas mentiras factuais?

Manuel Queiroz

Manuel Queiroz

Ministro diz-se vítima de racismo por ser do Porto e ninguém lhe liga

Há coisa de uma semana, participei num debate sobre a Comunicação Social, inserido na 5ª edição do ciclo Olhares Cruzados sobre o Porto promovido pelo Público.

Foi com enorme prazer que aceitei o convite do meu amigo Manuel Carvalho para comentar, a meias com o Rui Moreira, a apresentação sobre a matéria feita pelo ministro Augusto Santos Silva.

O tema era interessante e importante. E a companhia era de primeira.

Eu penso sempre no presidente da Associação Comercial do Porto sempre que ouço falar que o Norte está órfão de um líder forte desde o suicídio político de Fernando Gomes.

A velha amizade que me liga a Santos Silva e a distância que me separa deste Governo não chegam para toldar o juízo que faço dele como um político e portuense de sólida a formação e muito carácter.

É com menos prazer que faço este relato, em que estou tentado a concluir que é nossa (sendo que a primeira pessoa do plural refere-se ao nós, portuenses) a principal fatia da responsabilidade pelo declínio da importância e peso da Comunicação Social com sede no Porto.

A apresentação do ministro foi segura e vaga qb, a roçar o inócuo.

Conheço bem Santos Silva, pois fomos colegas de curso e camaradas de lutas passadas. Posteriormente partilhamos o primeiro turno das piscinas do «healths» do Ipanema Park (primeiro) e dos Pinhais da Foz (depois), o que nos permitia diariamente actualizar a conversa e trocar opiniões.

Há três pequenas histórias que, no meu entender, chegam para retratar o Augusto.

Quando ainda fumava, houve uma altura em que decidiu que passaria a fumar apenas um cigarro por dia. Assim, todos os dias, com um rigor religioso, às cinco horas em ponto da tarde, sentava-se no átrio da Faculdade de Economia (onde é professor) a consumir o seu cigarro diário.

Em determinado fase da sua vida, o Augusto tinha de passar diariamente uma hora num café perto das Condominhas, enquanto esperava que uma das filhas recebesse a lição de ballet. Pois levava sempre na pasta três coisas: um livro, um «paper» e o Público. Só no local, e dependendo do grau de barulho que se fazia sentir no café, ele escolheria o que iria ler.

Sempre que recebia os amigos em casa, mal chegava a meia noite, ele recolhia à cama, tipo Cinderela, deixando a mulher, Isabel Margarida, a fazer as honras da casa.       

Acho que estas três pequenos episódios chegam para traçar o perfil do ministro e a perceber que a sua apresentação no debate sobre a  Comunicação Social tinha a qualidade derivada do intelectual sério que ele é mas estava em absoluto desprovida de material susceptível de provocar polémica.

Agora que está reformado, Greenspan, o antigo e mítico presidente da Reserva Federal norte-americana, explicou o truque que usava quando era chamado ao Congresso para prestar contas e lhe faziam perguntas incómodas.

O truque de Greenspan consistia em responder usando uma salada de palavras, que baptizou com «discurso da sintaxe caduca», onde os principais ingredientes eram conceitos densos e vocábulos técnicos.

Os congressistas não percebiam nada do que ele dizia, mas tinham vergonha de o evidenciar em público, com medo de fazer má figura em frente aos seus pares, e assim Greenspan atravessava incólume  mais um escrutínio incómodo escondido atrás dum nevoeiro de palavras.

Confesso que me lembrei do truque do «discurso da sintaxe caduca» enquanto ouvia a apresentação do ministro dos Assuntos Parlamentares, na noite de 5ª feira da semana passada, no auditório da Católica.

No debate, apenas uma vez Santos Silva saiu dos carris que tinha definido para esta sua intervenção.

A determinada altura, Rui Moreira deu um exemplo feliz dos tiques do centralismo ao falar da maneira como foi recebido, pelos panditas da capital,  o estudo sobre a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, promovido pela Associação Comercial do Porto.

A reacção generalizada na capital ao estudo veio sob a forma da pergunta enfadada: «E o que é que esses tipos do Porto têm a ver com isso?», como se por alguma lei secreta estivéssemos inibidos de nos pronunciar sobre tudo quanto se passa no resto do país e circunscritos a opinar sobre as coisas da nossa região.

Embalado por esta denúncia, o ministro falou da existência em Lisboa de um «racismo» (foi esta a palavra usada por ele) contra as pessoas do Porto, detalhando que ele próprio e a ex-ministra da Cultura tinham sido vítimas desse «racismo».

No final do debate, Augusto Santos Silva foi cercado por uma dúzia de jornalistas, equipados com blocos de notas, microfones e câmaras de filmar. Fizeram-lhe muitas perguntas.

Presumo que traziam as perguntas feitas de casa e que elas versavam sobre os temas da actualidade, tão palpitantes como o concurso para a TDT, o quinto canal, a nova administração da RTP, o centro de gravidade geográfico da RTPN, a ERC, etc.

Na sexta e no sábado, não li, não vi, nem ouvi ninguém referir-se ao facto do ministro dos Assuntos Parlamentares ter dito ser vítima de racismo por ser do Porto. 

E fiquei, por isso, a pensar que se calhar é muito por culpa nossa (e neste caso a primeira pessoa do plural refere-se ao nós, jornalistas do Porto) que a voz da Comunicação Social do Porto não é ouvida em Lisboa.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt

 

Casa da Arquitectura sob o traço de Siza Vieira

Depois do sucesso do Museu de Serralves, agora com a perspectiva do novo pólo em Matosinhos, com a Casa da Música que cada vez mais se impõe no panorama da música nacional e internacional, vai nascer a Casa da Arquitectura.

Este equipamento - o primeiro Museu Nacional de Arquitectura - vai nascer em Matosinhos sob o traço genial do arquitecto  Álvaro Siza Vieira.

A Casa da Arquitectura está a dar os seus primeiros passos, que se pretendem firmes e seguros, e tem já na sua Associação - que evoluirá para uma Fundação - parceiros como a Câmara de Matosinhos, a Fundação de Serralves, a Fundação da Casa da Música, a Ordem dos Arquitectos, a Universidade do Porto/Faculdade de Arquitectura, a APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões, a Galp Energia, a UNICER e a AEP - Associação Empresarial de Portugal entre outros.

Trata-se dum edifício a ser implantado junto ao Porto de Leixões e de acessibilidades excelentes. Está perto do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a dois passos da A28 e terá uma estação de Metro no seu parque de estacionamento.

Com este equipamento pretende-se preservar um conjunto de importantes espólios de arquitectos portugueses, estuda-los e permitir o seu acesso público.

Além deste aspecto essencial acresce ainda o facto de poder haver um centro de documentação, uma biblioteca especializada, 3 salas de exposições temporárias, conferências e publicação de edições, revistas da especialidade, materiais audiovisuais e a criação de objectos de design da autoria de arquitectos.

A área de construção está estima em 9 mil metros quadrados e um parque automóvel com 100 lugares para viaturas ligeiras e três autocarros

 

 

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