Li num comentário a um post do Mário Rui um "bussolista" escrever sobre a necessidade de se retomar o espírito do Bússola por um lado e por outro de se "retirar" F.C.Porto à coisa e ainda de se criar um "filtro" ao conteúdo insultuoso e mal criado de alguns comentários.
Totalmente de acordo.
A questão de retomar o espírito do Bússola é necessário, urgente e recomenda-se.
Bem sei que todos nós temos as nossas vidas e quase todas muito absorventes.
É uma realidade. Mas com um bocadinho de esforço, boa vontade e espírito lutador típico dos "homens do Norte" será possível.
Afinal somos homens de causas!...
Ao que parece o assunto vai ser debatido em reunião magna muito brevemente e resolvido.
Quanto ao futebol também concordo.
Há tricas a mais...
Esta vida, escrevi aqui um dia, é muito mais do que um Benfica-FCPorto.
Pela minha parte prometi e cumprirei.
Nada sobre o mundo do pontapé no esférico!
Mais.
Adoro futebol.
Não leio, não me interessa, não respondo e não quero saber dos insultos, das meias verdades, das más educações.
É possível divergir, ter piada, ser veemente e ser educado ao mesmo tempo.
O Bússola, como um fenómeno de popularidade que o foi e é, merece este reflexão.
Devemos continuar a lutar pela nossa paixão.
O Norte
Temos que nos preocupar, como por exemplo entre outras coisas, essas sim significativas, com o "desvio" de fundos comunitários do Norte para a Região de Lisboa como também aqui já havia alertado.
Nota 1: já ouço os insultos e vejo os dedos afincadamente a "massacrar" os teclados indefesos dos computadores de alguns.
Nota só para "chatear": Domingo e segunda-feira vou para Lisboa. Trabalhar mas...também para ver umas exposições e ouvir um Concerto na Gulbenkian.
Estão a ver também há coisas boas e bonitas em Lisboa!
Apesar de não ser do meu clube estou solidário com a tristeza deste atleta, se não fosse ele o Benfica estaria na Divisão de Honra....
Só quem foi atleta é que pode compreender a tristeza que vai na alma deste benfiquista...Este pequeno post é somente de solidariedade para com o atleta e também de votos de confiança para o Nuno Espírito Santo que também merece estar nesta selecção, para quem não o conhece posso adiantar que é um bom elemento de balneário e um bom companheiro de equipe.
Lembrei-me desta lengalenda da nossa infância que para além da sincopada sonoridade, tinha esta dupla pedagogia de ajudar a apertar os botões da camisa e de transmitir conceitos simples, mas seguros porque distintos entre si. O Rei era Rei, o ladrão era o ladrão.
Agora quase, quase no limiar da meia idade (odeio este copo meio vazio…) volto a trautear a cantoreta dessa alegre meninice. E a ver com espanto e algum pavor, como o mundo mudou.
Para melhor, é certo, nas condições de vida dos portugueses embora nos índices de pobreza, de 2004 ou de outros anos quaisquer, continuemos a ser a vergonha da Europa. Mas certamente que aí estamos bem melhor. Também na mobilidade, na educação, na saúde, no acesso á tecnologia, na promoção de oportunidades, enfim tanta coisa que hoje é, pelo menos aparentemente, melhor do que nos tempos dessa saudosa meninice.
Mas tanta coisa mudou para pior. A mais assustadora de todas é a falta de confiança nos conceitos, particularmente naqueles que são representativos das instituições. Não sabemos quem é Rei, ou capitão. Pior, não sabemos quem é policia, quem é ladrão…
Esta semana tivemos mais provas desta tremenda insegurança em que vivemos.
A acção da ASAE foi considerada inconstitucional. A policia que sem rei, nem roque, tudo dispunha e tão arbitrariamente, em nome do bem maior da Saúde Pública, afinal não podia fazê-lo.
E por isso, aquelas latas de compota caseira tiradas á mingua dos necessitados que acorriam às Instituições de Solidariedade Social não foram, ao contrário do que parecia a eles, um acto de Policia. Foram antes, ao contrário do que já parecia a muitos, o acto do Ladrão.
Esta semana ficamos também a saber, pela boca do seu Presidente, que a poderosa SONAE ganhou 97% dos milhares de processos que têm com a Administração Fiscal. Arrepiante…
Talvez por isso a mesma Administração Fiscal exija aos contribuintes pagamento ou caução para, simplesmente, litigarem. Pagamento ou caução accionados com juros moratórios e indemnizatórios quando da quietude dos tribunais, muitos anos depois, florescer a sentença. Ou devolvidos em singelo e sem punimento, sequer disciplinar, quando muitos anos depois se provar que, afinal, a administração fiscal não tinha razão.
E é destas injustiças que se fazem muitas estórias de falências, indigências e outras indignidades de gente pobre ou remediada que não pode prestar caução, nem beneficiar dos competentes ofícios de Osório de Castro ou Lobo Xavier, os distintos causídicos da SONAE.
Rei, Capitão, Policia, Ladrão….
O pior sinal de uma sociedade, é quando aqueles em quem confiamos o enorme poder de exercerem a justiça e a regulação, o não fazem com prudência, virtude e equidade.
Já se sabia que as directas do PSD não iriam aquecer nem arrefecer no que toca à mais importante das reformas de que o país precisa e que continua arrumada a um cano numa gaveta fechada à chave.
Sentindo no ar um leve cheiro a poder, Passos Coelho apressou-se a sossegar os panditas lisboetas e confessou já estar curado do desvio regionalista da sua juventude.
Ferreira Leite continua igual a si mesma. Clareou o cabelo, acrescentou ao discurso um ingrediente social (pelo que diz já mais parece mas um Guterres de saias do que o tradicional Cavaco de saias)mas no essencial continua fiel ao mais retrógado centralismo e declara-se ferozmente anti-Regionalização.
Não é inteligente esperar que os socialistas no poder em Lisboa resolvam abrir mão de poder para o transferir para as regiões.
Quando o maior partido da oposição abdica da retórica regionalista (que abandonaria logo que chegasse ao poder, como a história nos prova) a conclusão óbvia é que não vai ser possível conquistar a Regionalização a bem.
Ora se não for a bem, lá terá de ser a mal. É isso que nos exigem os 100 mil desempregados do distrito do Porto.
Não podemos tolerar que os salários praticados na segunda maior cidade do pais continuem a ser inferiores em 10% à média nacional. Temos de nos revoltar!
A British Airways vai voltar a voar para o Porto e isso é mais uma boa notícia a acrescentar ao crescimento de 24,4% no número de passageiros registado pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro no primeiro trimestre deste ano – mais do dobro da média nacional (10,2%).
Os 965 mil passageiros e os 5803 aviões (mais 11% que no mesmo período do ano anterior e o triplo da evolução nacional, que se situou nos 3,4% ) que, de Janeiro a Março deste ano, usaram o Sá Carneiro são a prova dos noveda justeza do investimento no novo aeroporto do Porto.
O regresso da British Airways tem um simbolismo superior à estatística. Em 2003, o Sá Carneiro era operado por seis companhias aéreas e oferecia 16 rotas. No final e 2007, já tinha 16 companhias e 56 rotas.
Quando decorriam as negociações para a Ryanair operar o Porto, a British Airways jogou para cima da mesa a cartada do “ou nós ou eles”. A ANA não cedeu à chantagem. Fez bem.
A “low cost” irlandesa foi uma das alavancas do fantástico ressurgimento de um aeroporto que estava moribundo.
A importância que o melhor aeroporto da Europa até cinco milhões de passageiros(categoria que não tardará muito a abandonar devido ao seu enorme sucesso) obrigou a BritishAirways a meter o rabo entre as pernas e partilhar com a Ryanair a rota Porto-Londres.
A selecção portuguesa de futebol foi recebida com festa, neste domingo, por milhares de torcedores no aeroporto de Genebra, seguindo para o Hotel Beau-Rivage, em Neuchâtel, onde se prepara para estrear no Europeu. Também no Hotel Beau-Rivage, a 130 quilómetros de Genebra, cerca de 5 mil pessoas aguardavam a selecção comandada por Luís Felipe Scolari.
Em Lisboa, buzinas, carros decorados a rigor e helicópteros das televisões transmitindo o momento ao vivo causaram confusão no aeroporto. A multidão se acotovelava para tirar fotografias ou dar uma rápida olhada sobre os jogadores.
Lá vamos estar mais um mês entretidos com as fintas do Ronaldo, com os golos do Nuno Gomes (??????) com os perus do Ricardo, vamos todos viver esses dias com grande alegria e entusiasmo esquecendo o preço dos combustíveis, esquecendo o aumento dos preços de primeira necessidade, esquecendo o fecho das maternidades, o fecho dos centros de saúde, a bronca do BCP, esquecer o Jorge Coelho na Mota-Engil, o António Vara no BCP,etc.,etc.,........e o primeiro-ministro a rir-se.
Realmente somos um povo " porreiro"... mas distraído.
Ontem ficamos a saber o resultado das directas no PSD com uma pouco surpreendente vitória de Manuela Ferreira Leite.
Talvez mais surpreendente tenha sido a curta margem que, apesar de tudo, a ex- Ministra das Finanças de Durão Barroso teve para com os “Pedros”, seus adversários mais próximos.
Resta saber como é que, a tão pouco tempo do ciclo eleitoral e com esta tão frágil minoria, Manuela vai conseguir aquilo que Luis Filipe Menezes não conseguiu com confortável maioria – unir o partido.
É certo que Ferreira Leite, representando os mais poderosos do partido em tudo o que isso tem de bom e de mau (as pessoas e os interesses, respectivamente) beneficiará porventura de uma melhor opinião e não terá que estar constantemente “barricada” do seu próprio partido, podendo eleger como alvo permanente o Engº José Sócrates.
Para me referir aos que, aparentemente perderam ontem, tem que se dizer que Pedro Passos Coelho, viu coroada de sucesso a sua candidatura apresentando-se já como futura alternativa estratégica e geracional ao grupo de Manuela Ferreira Leite (Rui Rio incluído) no pós-2009. Pedro deu Passos importantes para uma futura liderança e tirou, um excelente Coelho da cartola com o passe de mágica em que se transformou este seu regresso à política. Parabéns, por isso.
Ao contrário, Santana Lopes que uma vez mais fez uma excelente campanha (sendo, por exemplo, o vencedor claro dos debates a que assisti) não teve tempo, nem segundas linhas, para voltar a influenciar o partido que sente ainda como demasiado fresco o insucesso da sua anterior liderança. É, no entanto, um político de raça e de chama que faz falta a este PSD que deixa de poder contar com a sua aguerrida e competitiva liderança parlamentar.
Voltando à vencedora e ao novo PSD. Se, ao contrário de Menezes, Ferreira Leite não teve a maioria das bases do seu lado, à semelhança de Menezes, a nova líder não tem assento no Parlamento, nem bancada parlamentar escolhida por si. Dir-se-ia até, que mesmo aí fica a perder para Menezes porque terá dificuldade em encontrar dentro do Grupo Parlamentar, um líder com a vocação e o brilhantismo de Pedro Santana Lopes.
A outra dificuldade do novo PSD parece estar na enorme proximidade de perfil entre os líderes do dos dois partidos do poder, partidos que há alguns anos tentam, eles próprios, com pouco sucesso, distinguir-se entre si.
De facto este PS de perfil europeu, inventado por Tony Blair que floresceu nos restantes Países do velho continente, não tem nenhuma a matriz ideológica do passado (felizmente), nem nenhum matiz que o afaste da coloração social-democrata que hoje despudoradamente assume. O PSD, por outro lado, com excepção de umas pequenas escaramuças entre o liberal e o social, também não tem feito muito por essa diferenciação.
Veremos assim que caminho de diferenciação encontrarão Sócrates e Ferreira Leite, demasiado parecidos no carácter, no registo e nas intervenções que terão nos próximos tempo.
A novidade e a urgência da diferenciação entre os dois só são decisivas para Manuela Ferreira Leite que terá o enorme desafio de fugir de si própria, voltando a fixar a política no campo do contraditório ideológico, aquele mais estimulante terreno que marca a vida que, felizmente existe, para além dos déficites.
É caso para dizer que esta Ferreira, que ainda por cima foi Dama de Ferro, tem que ter mesmo em sua casa, espeto de pau…
António de Souza-Cardoso
Nota: Resta ainda saber o que fará Santana Lopes que entrou, uma vez mais, em anunciada reflexão. Virá aí novo Partido? O que quer que seja não tardará muito a saber-se. Porque o certo é que a areia dos desertos políticos de Santana cabe num balde de praia de qualquer das crianças que aqui quero também homenagear neste Dia Mundial que lhes é dedicado.