Ouvi um concerto fantástico de Música Barroca pela jovem, muito jovem, Orquestra Barroca daquela instituição.
A Sala Guilhermina Suggia - grande auditório - estava praticamente cheia.
No final o público estava satisfeito. Isso pôde constatar-se pelas palmas, dois "encores", pelas conversas de escadas, elevadores e até no parque de estacionamento.
(Nota negativa: o parque é bastante caro)
Tive, no entanto, um privilégio. Antes participei na Assenbleia de Fundadores.
Os resultados são excelentes.
Acabaram os tempos, maus tempos, onde se discutia apenas os atrasos, derrapagens financeiras, uma "mar" de interrogações sobre o futuro como o modelo de gestão. Enfim, indefinições.
Felizmente tudo isso acabou. As contas são sólidas, há uma estratégia e projectos fantásticos para o futuro.
O futuro é agora. Já em 2008.
É assim como que uma espécie de afinar o que se fez este ano. O que correu bem vai continuar, o que não esteve tão bem foi revisto. A acrescentar a tudo isto há a introdução de muitas novidades.
Há várias para as quais chamo a particular atenção.
A Casa da Música é, cada vez mais, um equipamento nacional que começa a ser reconhecido internacionalmente e que se vai democratizar pela diversidade e por sair das "quatro paredes", além de "piscar o olho" a novos públicos.
Para que isso aconteça vai haver um "reforço" nos serviços educativos. Estes serviços são, hoje em dia, estratégicos e fundamentais na criação e sensibilização de novos utentes.
A Orquestra Nacional do Porto ONP ), que está a tocar como nunca, vai ter um novo maestro titular e vai fazer muitos programas na "praça" envolvente além de se juntar a outros tipos de músicos, como por exemplo a Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Vai haver, tal como já acontece na Fundação Gulbenkian, assinaturas anuais. Com este serviço os melómanos obtém descontos e acesso a vários "produtos" além, como é óbvio, de poderem seleccionar e "programar" a sua vida.
Para que isto aconteça teve que haver um trabalho árduo anteriormente. Ou seja toda a programação já tem de estar consolidada. E está. E é muito boa.
Já repararam que o grafismo da Casa da Música mudou? Espreitem no novo sítio da net . Vale a pena. Está moderno, arrojado e acima de tudo comunica.
(Nota negativa: o site é só em português)
Por fim uma nota de preocupação.
Em 2007 a venda de bilhetes caiu um pouco. Há que pensar numa estratégia para combater o fenómeno. Ao facto não serão alheios o efeito novidade de 2006 e a crise económica.
A Casa da Música começa a cumprir a sua missão. Ainda bem em nome da música e da cultura
editado por Manuel Serrão às 18:59
31 comentários
Transmontano 22.11.2007
De acordo com tudo o que escreveu menos com o grafismo. Temos muitos e bons designers gráficos portifueses e penso que não havia necessidade de ir buscar um estrangeiro. Acho até 3º mundista... Ah e tal, lá fora é que os há bons... Pura parolice.
Claro que é uma parolice... Para quê importar um produto que nós próprios produzimos, e com qualidade firmada? Ou é parolice ou é ainda pior, tipo BURRICE.
Ó homem, "ancores" nem no Malaca! No idiolecto das salas de concerto, por essa Europa fora usa-se, mesmo na Velha Albion, o galicismo "encore". Em vernáculo pode dizer - e até lhe fica bem - um "extra".
Meu caro NAC Acho até que "no Malaca" há gente que saiba escrever "encore" e muito mais. Ainda bem que há gente atenta e sempre pronta a ensinar. Se reparou tive o cuidade de escrever a palavrinha (?) entre aspas. Sabia o risco que corria. Não. Não gosto do "extra". Obrigado pela sua visita
Faço parte de um projecto em Leiria, em que pais e filhos tocam e cantam de uma forma divertida e descontraída. Tivemos a felicidade de ir actuar à casa da música no ano passado e realmente é uma excelente obra, o Porto merece!
projecto: picollinis filarmónicos sob orientação do Prof. Paulo Lameiro e do Maestro Alberto Roque www.samp.pt
um abraço pedro oliveira http://vilaforte.blog.com
Parabéns. É com esses projectos que a cultura e em particular a cultura musical ganha dimensão. Não tenho dúvidas que longe dos centros de Lisboa e Porto há grandes projectos que infelizmente não têm a visibilidade que mereciam. Obrigado pela sua visita
Não tem que agradecer. Pode constatar no site da SAMP, as execelentes iniciativas da equipa do Prof. Paulo Lameiro, entre outras, destaco a ópera na prisão de leiria, música no Hospital de Leiria, música para bebés,concertos de Orgão na Sé,..... .Como se depreende tenho uma grande admiração por este Homem pois as condições da SAMP(na vila de Pousos/Leiria), estão muito longe de ser as melhores e mesmo assim projectos de enorme valia não faltam. O poder central, olha mais para as grandes produções e esquece quem realmente dá música e não só às pessoas. Se puderem, estejam atentos a este Homem, ele merece!
Ainda não fui lá. Nem sequer visitá-la. Como eu lamento esta minha indisponibilidade financeira para fazer face ao preenchimento cultural de que, só alguns, podem beneficiar... e, mesmo esses, vão-se lamentando também e dizendo-se infelizes... pois, pois...
Caro Fernando Rocha, a casa da musica em poucos anos vai ocupar um lugar único no nosso panorama cultural.Não é que ainda não ocupe, mas irá ser de maior importância a nível nacional e internacional. E mais importante ainda é que vai trazer para o NORTE a cultura musical que até então estava destinada ao sul.
Humm, não é bem assim... fartei-me de ver a ONP no convento de S.Bento da Vitória que, como sítio, era bem mais interessante que a Casa da Música. E em relação à CM, espero melhores dias. Não gosto da gestão daquilo. Os fundadores, ou curadores, ou lá o que é, continuam a açambarcar os convites e o Zé que pague! Tapam-nos os olhos com uns concertozitos cá fora, mas o interessante daquilo, continua na mesma como a lesma. Se bem que já antes era um bocado assim, a RAR patrocinava a ONP e fazia o que entendia com os convites. Está mal.
Olhe que não! Olhe que não! O Convento de S. Bento da Vitória é um local muito bonito mas em termos acústicos e de conforto deixa muito a desejar. Lembra-se dos dias muito chuvosos? Lembra-se do barulho? Não confunda curadores com Fundadores. Os Fundadores da Casa da Música, neste caso concreto, são quem paga e "moralizou" as contas da Fundação. Pela minha parte, como o meu amigo, compro o bilhetinho de ingresso. Veja a programação que há mais coisas gratuitas. Esteja atento aos concertos da hora do almoço ao fim de semana. Obrigado pela visita
Humm, não é bem assim... fartei-me de ver a ONP no convento de S.Bento da Vitória que, como sítio, era bem mais interessante que a Casa da Música. E em relação à CM, espero melhores dias. Não gosto da gestão daquilo. Os fundadores, ou curadores, ou lá o que é, continuam a açambarcar os convites e o Zé que pague! Tapam-nos os olhos com uns concertozitos cá fora, mas o interessante daquilo, continua na mesma como a lesma. Se bem que já antes era um bocado assim, a RAR patrocinava a ONP e fazia o que entendia com os convites. Está mal.
Humm, não é bem assim... fartei-me de ver a ONP no convento de S.Bento da Vitória que, como sítio, era bem mais interessante que a Casa da Música. E em relação à CM, espero melhores dias. Não gosto da gestão daquilo. Os fundadores, ou curadores, ou lá o que é, continuam a açambarcar os convites e o Zé que pague! Tapam-nos os olhos com uns concertozitos cá fora, mas o interessante daquilo, continua na mesma como a lesma. Se bem que já antes era um bocado assim, a RAR patrocinava a ONP e fazia o que entendia com os convites. Está mal.
Defendo a Casa da Música porque é um grande projecto, do mesmo modo que Serralves também o é. Também gosto, por ser uma referência, da Gulbenkian. Não me fale do rumo dado ao CCB. Acho mal. Muito mal. Muito obrigado pela visita
É, sem dúvida, um grande projecto, mas está a muitos kilometros de ser uma coisa bem gerida. Já esteve pior, é verdade, mas daí a estar bem vai uma grande distância...
Falta uma boa imagem gráfica - contrataram um estranja, tipo do melhor que há, mas que é tão bom, tão bom, que quase não tem tempo para "nos" dedicar, é a verdade.
Falta uma gestão virada para os PORTUENSES. Que os ponha a ir lá! Que lhes ofereça o estacionamento! Que lhes faça um desconto no bilhete! Que haja mais espectáculos para as crianças!
Porra, tudo o que é veículo cultural, em Portugal, tem a mania que têm de "ir lá fora ver como se está a fazer", quando deviam ir lá fora "ver como fizeram no início!!!!!". É simples...
Façam workshops com a populaça, vão às associações e agremiados, por ex., levem-nos lá e mostrem-lhes como se afina uma orquestra, por ex.
E, já agora, ponham pessoas da área a trabalhar lá, e não gestores ou filhos de gestores, ou tachistas.
Concordaria consigo se o que está a propôr não estivesse pensado e programado para 2008. Mas é salutar e demonstra que tem visão. Repare e em primeiro lugar que nada tenho a ver com a Casa da Música. Não tenho nenhum lugar e qualquer "tacho". Como lhe disse até compro o meu bilhete e no meu post referi que o parque era caro. Estamos de acordo. Falei isso sim de "abrir" a Casa da Música á população como vai acontecer, falei do incremento dos serviços educativos que são essenciais e indispensáveis e das acções com a população nomeadamente a mais desfavorecida. Os jornais de ontem traziam um encarte que já mostra muita coisa. Também disse que ainda nem tudo está bem. Mas está a melhorar. Lembra-se da "bagunça" de há 2 ou 3 anos? Esse deve ser o nosso motivo de satisfação. Olhe que há muita gente da área: Então e o Pedro Burmestre? E o Prof. Borges Coelho? E tantos outros? Os gestores filhos deste ou daquele não interessa - pelo menos para mim - desde que sejam competentes. É o caso. Quanto ao designer já percebi que não estamos de acordo. Já percebi que gosta muito da ONP. Parabéns porque gosta duma grande orquestra. Já vi/ouvi concertos memoráveis. Mais uma vez obrigado pela sua participação.