Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

A verdade leninista do Jardim Gonçalves fundador do BCP

 

O jovem Jorge Jardim Gonçalves quando estudava para ser engenheiro. Foi sempre um menino bem comportado, católico de modos suaves e delicados, que acompanhava as meninas a casa e não era dado a namoricos

 

Lenine ensinou-nos que uma mentira se dita insistentemente acaba por passar por verdade.

 

É precisamente isso que está a acontecer com a biografia de Jorge Jardim Gonçalves que, durante a interminável novela ainda em cartaz, foi sempre apelidado de «fundador do BCP» por jornalistas ignorantes e ansiosos por encontrarem sinónimos que lhes poupem repetições excessivas do nome do engenheiro.

 

(ora aí está um sinónimo rigoroso, pois o futuro ex-presidente do Conselho Geral e de Supervisão do BCP licenciou-se em 1958 em Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e é frequentemente referido como «o engenheiro» nas conversas entre os quadros do banco)

 

Manda a verdade (não a leninista…) que se diga que Jorge Manuel Jardim Gonçalves não só não é «o fundador do BCP» como ainda por cima resistiu e colocou sérias exigências para aderir ao projecto que despontou na fervilhante cabeça de Américo Amorim e só se tornou uma realidade devido à indómita força de vontade deste empresário.

 

O BCP foi fundado no Verão de 1984 numa reunião de empresários na casa de apoio à piscina da vivenda da Granja (arredores do Porto) de Américo Amorim.

 

Amorim, que frequentara as reuniões promovidas por Artur Santos Silva que dariam origem ao BPI, zangou-se com este banqueiro e decidiu ele próprio fundar um banco comercial privado, inicialmente baptizado Banco Comercial Portuense ‑ a sigla BCP manteve-se, mas o qualificativo geográfico foi alargado com a substituição de Portuense por Português.

 

Jardim Gonçalves nem sequer foi a primeira escolha do grupo fundador liderado por Américo Amorim. Fernandes Tato, à época no Banco Borges & Irmão, foi o primeiro convidado mas declinou, por ter medo de embarcar na aventura.

 

Amorim e Jardim (à época presidente do BPA) não se conheciam. O primeiro encontro foi à mesa do grill do Altis.

 

O empresário não ficou com uma grande impressão deste seu primeiro encontro com o banqueiro, que se revelou ultra-cauteloso e praticamente se limitou a escutar razões e argumentos.

 

Jardim pediu tempo para pensar. Pensou e repensou. Após um mês de reflexão aceitou, mas só depois de Amorim lhe ter apresentado uma garantia bancária de 80 mil contos (ver para crer como S. Tomé).

 

Jorge Fiel

 

 

64 comentários

Comentar post

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2008
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2007
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub