Nem um único PIN industrial
Estive esta noite a moderar um debate sobre a regionalização, organizado pela Juvetude Popular, em que os palestrantes eram o deputado do CDS/PP Nuno Melo (contra a dita) e Rui Moreira (regionalista convencido depois de ter votado contra no referendo de há uns dez anos anos).
O dr. Rui Moreira surpreendeu-me, a mim e à audiência - maioritariamemte jovem - ao garantir que, segundo os dados na posse da Associação Comercial do Porto, em 2007 não tinha havido um único PIN (Projecto de Interesse Nacional) de cariz industrial aprovado a Norte de Viseu. Nem um PIN industrial a norte de Viseu - garantiu. Quando lhe perguntei pela Ikea, que tem uma fábrica em onstrução em Paços de Ferreira, admitiu que será ainda de 2006 a sua aprovação.
A ser verdade, e o dr. Rui Moreira não costuma falar de cor, aqui está algo que não pode deixar de ser denunciado e que os jornais deviam tratar. Até porque já há os PIN especiais, tal como anunciou Sócrates a propósito do grande investimento da GALP. Por aqui nedm PIN especiais, nem PIN normais.
Claro que este também não é só um problema do Estado e do Governo, é também do dinamismo (ou falta dele) do nosso dinamismo empresarial. E também se sabe que a fábrica da Ikea é quase um investimento do Estado português, comparado com o que vai gastar a casa sueca. Mas com os problemas de emprego que se conhecem no Norte, são necessárias medidas de discriminação positiva para esta região, como já houve para outras zonas do país. Basílio Horta, actual presidente dessa coisa chamada AICEP, que deve tratar destas questões (e que já teve sede no Porto) anda a fazer o quê?
Manuel Queiroz