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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

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A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Para o Tâmega e em força

Quando escrevo sobre o Porto faço-o muitas vezes para referir toda esta zona ou a sua grande área metropolitana.
Talvez seja um erro. Admito. Pode parecer um complexo "porto centrista" mas não o é.
Entendo até que esse é um caso a ser bem pensado e digerido num futuro quadro de Regionalização.
Não podemos minimamente correr o risco de substituir o poder centralista do Terreiro do Paço por um outro emanado dos Aliados.
Feito este ponto prévio passo ao assunto que me leva hoje a escrever no Bússola.
Num post bastante longínquo escrevi sobre o Tâmega e Sousa, aqui mesmo ao lado da grande cidade, como sendo das zonas mais deprimidas do nosso país.
Fi-lo porque os indicadores eram evidentes, porque conheço pessoas da região e que me dão nota dos graves problemas sociais em que estão mergulhadas milhares e milhares de famílias.
O caso é sério. Deve merecer a atenção solidária do país e como disse na altura justifica um plano de emergência como houve em tempos para a Península de Setúbal e Vale do Ave.
Há novas formas de pobreza em Portugal. Daquela que não se dá conta. É uma pobreza envergonhada provocada pelo desemprego, pela precariedade do emprego e pelos baixos salários, pelo envelhecimento da população e até movimentos migratórios.
Os números são terríveis em 470 mil habitantes há mais de 20 mil desempregados isto a juntar ao facto de haver pessoas que ganham menos 350 euros/mês do que a média nacional.
O diagnóstico/estudo foi debatido num encontro promovido pela Rede Europeia Anti-Pobreza liderada pelo Padre Jardim Moreira que tem um passado irrepreensível na luta e defesa dos mais desfavorecidos.
Em causa estão oito concelhos - Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canavezes, Paços de Ferreira, Paredes  e Penafiel.
Estranho é o facto de alguns nem terem ido ao encontro e só um estar representado pelo seu Presidente da Câmara.
Uma palavra para José Luís Carneiro único Presidente de Câmara que marcou presença e que é a excepção que vem dar razão ao desabafo do Padre Jardim que disse ser este comportamento "significativo da importância que o poder político dá às questões da pobreza".
Pensem nisto.
O Tâmega também é Portugal.

 

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