Muito pouco dinheiro para tanta beleza
Como a mensagem é o meio, mando mais postais ilustrados do que SMS ou mails à minha filha Mariana, que está a viver em Los Angeles.
O computador e o telemóvel são excelentes meios para trocar informações úteis, dar recados e transmitir estados de alma instantâneos.
O postal ilustrado tem sobre todos os tipos de teclados a enorme vantagem de ser manuscrito.
A caligrafia, que na sua imensa sabedoria os orientais elevaram à categoria de arte, e os selos (que faço questão de escolher) dão um toque pessoal insubstituível à comunicação.
Depois, claro, há o conteúdo. Quando se escreve um postal tem de se pôr muito mais do que numa conversa no Messenger, numa SMS ou no mail. Como o conteúdo tem de ser duradouro, exige mais reflexão.
A este propósito recomendo vivamente a compra da magnífica colecção de postais ilustrados com dez olhares de Luís Ferreira Alves (dos quais reproduzo dois) sobre o Porto, que nos recorda uma vez mais como a nossa cidade é bonita.
A minha colecção comprei-a na loja de Serralves e custou-me dez euros e pareceu-me muito pouco dinheiro para tanta beleza, metade da qual já exportei para uma casa em Silverlake, a pouco quilómetros do Oceano Pacífico.
Jorge Fiel