O elogio da lucidez de Gomes de Pinho
António Gomes de Pinho propôs ao Governo um urgente plano anti-crise, baseado nas potencialidades do sector cultural e das indústrias criativas, que apesar da sua importância passou algo despercebido.
O presidente da Fundação de Serralves apresentou uma série de medidas concretas que está convencido terão, no curto prazo, “um forte impacto na criação de emprego qualificado para as camadas mais jovens e contribuirão, a médio prazo, para a reconversão do tecido empresarial português, conferindo-lhe maior competitividade e inovação”.
Gomes de Pinho estima em 50 milhões de euros (uma bagatela para quem meteu 1 800 milhões a tentar tapar o buraco BPN) os custos do seguinte pacote de medidas:
1. Isenção de taxação de direitos de autor por um prazo de três anos;
2. Apoio à reconversão de espaços fabris encerrados, para instalação de núcleos de empresas criativas, em colaboração com as autarquias;
3. Criação de um passe cultural nacional, para facilitar o acesso da população às manifestações culturais, apoiando deste modo as instituições culturais;
5. Facilitação do acesso ao capital de risco e ao crédito dentro de determinados valores;
6. Criação de um programa intensivo de formação em gestão empresarial para jovens candidatos à criação de empresas culturais, em colaboração com as escolas de gestão e as instituições culturais mais relevantes do país.
Em face da clarividência destas medidas, só me resta assinar por baixo.
Jorge Fiel