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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

Terceira Via para a AEP : “JAMAIS!”

Na quarta-feira passada o meu companheiro Bussolista Manuel Serrão deu à estampa no seu qualificado e habitual espaço de opinião do JN,  um artigo sobre as próximas eleições da AEP com o qual me revejo tão integralmente que, com risco do aroma  a  repetido, não quis deixar de pronunciar em sublinhado, nesta Bússola do Norte.

Cumpre-me pois, em primeiro lugar pedir desculpa ao autor e refugiar-me na ideia de que numa sociedade com tão escassa participação cívica também as verdades, para fazerem bom caminho, precisam de ser ditas mais do que uma vez.

O Abílio Ferreira publicou no Expresso há algumas semanas um artigo sobre as eleições na AEP onde apontava como mais fortes candidatos à sucessão do Engº Lugdero Marques, o Presidente da ATP, Dr. Paulo Nunes de Almeida e o Dr. Adalberto Neiva de Oliveira, conhecido Empresário do Grupo Cabelte.

Nenhum dos dois evidentemente inspirou ou deu azo àquela notícia, mas julgo que ela teve o condão de os pôr, aos dois, a pensar no assunto. Ainda mais promissor, de colocar os actuais dirigentes da AEP e principalmente os seus associados perante a esperança de poderem ter uma sucessão ao nível dos enormes desafios que a AEP enfrenta no futuro.

Amanhã um conjunto estrito de membros designados pelo Conselho Geral, apresentará publicamente o perfil do candidato a esta sucessão. E daí a oportunidade desta reflexão que importa ao Norte e ao País.

 Para que se não diga que não se disse, julgo em primeiro lugar que desta vez o  Engº Ludgero Marques vai mesmo sair. Conheço a vontade de renovação manifestada pelo Presidente da AEP em outros momentos eleitorais e o “caminho arrepiado” outras tantas vezes, por falta de comparência das putativas alternativas, ou pelo inequívoco espírito de Missão que sempre demonstrou. Julgo, no entanto, que o Engº  Ludgero Marques deixa um legado de tão grande valor para a AEP que não pode nem quer, arriscar-se a “desnobilitar” o grandioso trabalho que empreendeu, a levar um jogo já ganho para um incerto prolongamento. Não há, em suma e desta vez, espaço para mais do que a Grande Homenagem e o Engº Ludgero Marques sabe-o melhor que ninguém.

Julgo, em segundo lugar, que a AEP tem a sorte e a circunstância de poder contar com a disponibilidade de duas personalidades de tão rara qualidade humana e tão ajustada experiência profissional.

Conheço o Dr. Paulo Nunes de Almeida desde o ano de 1991 em que entrei para Director Geral da ANJE. Era ele então Vice-Presidente e mais tarde Presidente Adjunto da Direcção. Entendeu o destino, depois dessa experiência tão próxima, colocar-me em lugar privilegiado para acompanhar o fulgurante percurso associativo que teve desde então. Admirei sempre a sua inteligência – lógica, emotiva e relacional, mas também a determinação, a capacidade de trabalho, o conhecimento amplo das principais questões económicas e do tecido empresarial, a facilidade de gerar consensos, desenhar modelos e mobilizar pessoas.

Conheço igualmente o Dr Adalberto Neiva de Oliveira. Porque foi e ainda é Presidente do Conselho Fiscal de uma Organização a cuja Direcção presidi. Mas, principalmente, pelo notável trabalho que realizou no impulso e afirmação em Portugal da Ordem Soberana e Militar de Malta. Aprendi a admirar a sua imensa capacidade de comunicação e persuasão, pendurada num sorriso franco, generoso e confiável. A experiência empresarial e associativa do Comendador Neiva de Oliveira falam por si e dispensam bem estes meus modestos sublinhados.

A AEP tem assim a sorte de ter dois grandes possíveis Presidentes que, conhecem bem a casa, o associativismo e o tecido empresarial. Não me interessam os perfis, nem vou cair na tentação de comparar a alternativa geracional e o dinamismo tranquilo de Nunes de Almeida, com a astuta experiência e o sólido percurso empresarial de Neiva de Oliveira.

A AEP não pode provavelmente contar com os dois (ou pode?), mas muito menos se pode dar ao luxo de os dispensar. Porque não há melhores, porque só um dos dois poderá confirmar o caminho de liderança da AEP no associativismo empresarial português.

O Engº Angelo Ludgero Marques tem assim uma Missão crucial para o futuro da Instituição a que preside. Uma Missão pela qual será também avaliado na justa homenagem que o Norte e o Tempo certamente lhe farão. A de não deixar que os seus dois “melhores” se anulem na elegante recusa de um confronto, ou no desencanto da intriga que uma disputa sempre favorece. Abrindo as portas a uma terceira via menos qualificada e diminuída e também por isso mais fragilizada e vulnerável às piores especulações.

Os Associados da AEP têm igualmente esta enorme responsabilidade de não deixar escapar este irrepetível momento de afirmação, mostrando um espírito de vigilância e de empenho capaz de recusar terceiras vias e promover a escolha da melhor liderança e do melhor futuro para a sua Associação, para o Norte e para Portugal.   

 

António de Souza-Cardoso

ANA tira as patas do Sá Carneiro! Já!

 

Há quatro anos, quando a TAP deitou as mãos ao pescoço do Sá Carneiro, desviando para Lisboa os voos directos do Porto, foi a Ryanair quem forneceu o essencial do oxigénio que evitou o nosso aeroporto de morrer asfixiado.

 

A Lufthansa também deu uma ajuda, ao aumentar a frequência de voos diários para Frankfurt. Os alemães foram rápidos a identificar a oportunidade de negócio aberta pela deserção da TAP – e a agir.

 

A companhia alemã não demorou a obter o retorno deste investimento. «Hub» por «hub», turistas e homens de negócios nortenhos preferem fazer escala em Frankfurt do que em Lisboa.

 

Mas foi a Ryanair quem salvou o nosso aeroporto da condenação à morte proferida pela TAP (nacionalizada nossa …?!), com a cumplicidade da ANA (nacionalizada nossa…?! ) a entidade gestora dos aeroportos.

 

Por muitos anos que viva, nunca esquecerei da conferência de imprensa que Michael O’Leary, presidente da Ryanair, deu no Porto, paramentado com a camisola azul e branca do FC Porto, que tinha acabado de conquistar a Liga dos Campeões em Gelsenkirchen.

 

A combinação entre o prestígio, no Reino Unido, do vinho do Porto e do FC Porto (que acabara de exportar José Mourinho para o Chelsea) convenceu o irlandês de que a sua aposta numa ligação «low cost» entre as cidades do Porto e Londres ia ser ganhadora - e que os seus aviões andariam cheios nos dois trajectos.

 

Os dois milhões de passageiros transportados, em menos de quatro anos, de e para Portugal, provam que O’Leary tinha razão. A sua Ryanair é a principal contribuinte para as taxas de crescimento da ordem dos 17% ao ano registadas pelo Sá Carneiro, de que já é a sua segunda principal cliente.

 

O ano passado, três milhões de passageiros usaram o aeroporto do Porto. Este ano, prevê-se que sejam quatro milhões. Mais um milhão.

 

Mas a monopolista e estatal ANA está a cortar as pernas à continuação deste espectacular crescimento ao boicotar, há quase um ano, um investimento de 220 milhões de euros no Sá Carneiro da Ryanair, que quer instalar no nosso aeroporto uma base de operações.

 

Entre outras coisas, esta base permitira que, no espaço de um ano, a Ryanair triplicasse o número de passageiros que transporta no Sá Carneiro.

 

É inadmissível que numa economia que se pretende de mercado, a TAP continue estatal e que através dela o Governo tenha nacionalizado uma companhia privada (a Portugália).

 

É inadmissível que numa economia que se pretende de mercado, haja uma entidade estatal a monopolizar a gestão dos nossos principais aeroportos, impedindo a concorrência entre eles e prejudicando o Sá Carneiro.

 

Não há uma entidade única a gerir os portos nacionais e os resultados transparentes deste saudável estado de concorrência estão à vista: o porto de Leixões é o único que dá lucros. Os outros todos, sem excepção, acumulam prejuízos.

 

A AEP e a Associação Comercial do Porto já se disponibilizaram por criar uma entidade que substitua a ANA na gestão do Sá Carneiro, onde reuniriam empresas exportadoras e operadores turísticos.

 

É urgente que a ANA tire as patas do Sá Carneiro para que o nosso aeroporto seja gerido pela sociedade civil e, assim, possa continuar a prosperar - e ser a porta de entrada e saída, por via aérea, do Noroeste Peninsular.

 

Jorge Fiel

 

 

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