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Bússola

A Bússola nunca se engana, aponta sempre para o Norte.

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A cultura, a carteira e a Casa da Música

Rui Rio gosta de gracejar, dizendo que sempre que lhe falam em cultura leva logo a mão ao bolso da carteira, para se certificar se ela ainda lá está (a carteira, já que a cultura seria impossível).

Talvez valha a pena, por isso, espreitar para os números gordos que reflectem a actividade da Fundação da Casa da Música em 2008, o terceiro ano da sua vida.  

Começamos logo por ficar satisfeitos ao constatar que o crescimento da actividade da Casa da Música foi acompanhado por um forte aumento nas receitas variáveis (bilheteira, mecenato e outras receitas próprias), virtuosamente muito superior à subida dos custos variáveis (programação, serviço educativo e outros projectos).

Os proveitos aumentaram 2,6%, fixando-se em cerca de 16,4 milhões de euros, à custa da subida das receitas próprias, já que o peso do subsídio do Estado português diminuiu em meio milhão de euros.

Os custos cresceram apenas 2%, o que permitiu apurar um resultado de aproximadamente 1,1 milhões de euros, antes de amortizações e provisões, superior ao previsto.

Esta conta de exploração equilibrada, de acordo com as orientações do Orçamento, possibilita fazer um reforço de 270 mil euros no Fundo de Sustentabilidade, que assim passa a ficar dotado de 775 mil euros.

Para esta boa performance contribuíram diversos factores, sendo justo sublinhar alguns deles, como o crescente peso da bilheteira, cujas receitas foram superiores e 820 mil euros, tendo crescido mais de 23% face a 2007.

Recomenda-se por isso, a leitura atenta do Relatório da Fundação da Casa da Música o presidente da Câmara do Porto, para se abster de persistir, no futuro, em piadas de mau gosto.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt

Números que são música para os ouvidos

Na esmagadora maioria das vezes em que a Casa da Música aparece nos títulos dos jornais o sujeito da frase é custos e o verbo é derrapar.

Apesar desenvolver há três anos, e de forma intensa, a sua actividade, e de ser ter transformado num farol na produção e divulgação musical, os resultados da sua aposta de formação e fidelização de novos públicos são ignorados pelos Media lisboetas – ou quando muito guetizados em curtas notícias atiradas para o fundo de páginas pares.

Como portuense, não posso deixar de sentir orgulho quando olho para os números que constituem a face visível da actividade da Casa da Música em 2008: recebeu 267 concertos e realizou 1158 actividades educativas, presenciados por mais de 200 mil pessoas.

Fico muito satisfeito em saber que promoveu, em média, mais de três eventos por dia e que eram portugueses mais de metade dos 1800 músicos que estiveram em palco na Casa da Música.

Números como estes são música para os nossos ouvidos.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt 

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