As coisas nunca correm normalmente a Scolari no Estádio do Dragão. Por mim até acho que, estrategicamente, o Sargentão esteve bem durante o jogo. No fim fez um número que já conhecemos, daqui e do Brasil, que não o engrandece nada. Pelo contrário, o homem, como lhe chama o Cristiano Ronaldo, já não tem idade para fazer certas figurinhas e dizer: "E o burro sou eu né?".
Bom, o empate com a Finlãndia não foi brilhante, mas apesar de tudo a coisa foi-se compondo.
O que não se compreende é a RTP. Segundo informação de um dos bloguistas bem relacionados com a RTP; a estação pública de televisão tinha menos meios neste último e decisivo jogo no Dragão, do que no sábado passado em leiria. Os profissionais tiveram que improvisar algumas vezes. Mas lá que é estranho, é.
Tudo começou na Trofa. Essa terra mítica, que com Vizela, reparte os louros das primeiras grandes vitórias dos pequenos deste pais contra o opressor ´que vive de expedientes na capital.
O Diamantino Silva foi o meu grande anfitrião e guess who?
Se respondeu Casa do FCP da Trofa , acertou em cheio.
Numa das muitas sessões para que me convidaram dei comigo a defender uma tese , naturalmente concebida na altura , com ajuda da magnífica tertúlia proporcionada pelo meu amigo e presidente vitaíicio e fundador do Clube, que dividia os adeptos de qq clube em dragões e pombinhas , embora eu estivesse essencialmente a pensar no F. C. Porto
Dragões e pombinhas parecem -me hoje termos aplicáveis a toda a gente que intervém na vida pública ,onde se multiplicam as pombinhas e os dragões.O fim de semana em que pela primeira vez o FCP perde a possibilidade de aumentar o seu recorde de invencibilidade
ajuda-nos a pensar como é importante esta distinção.
A Regionalização é um bom assunto para aplicar esta nomenclatura. Dragões são todos aqueles que nunca vacilam, estando disponíveis até para aceitar soluções que representem o mal menor, em nome do bem maior. Os pombinhas são todos aqueles que se fingem nossos amigos e amigos da causa mas que nunca se comprometem com as suas exigências nem estão prontos a dar a cara por ela.
Depois de uma semana na terra do dragão por excelência , entre a efervescência de Shanghai e Macau e a perenidade tranquila de Hong-Kong, aterrar no Porto com o empate do Belenenses trouxe-me à terra com violência radical. Afinal a diferença entre ume boa equipa e uma boa orientação é muito maior que a distância em jetfoil que une , mais do que separa os mundos de Macau e Hong-Kong..