Morte à praça de Lisboa! Viva a praça do Anjo!
É assim que a Bragaparques garante vai ficar a praça de Lisboa
É certo que o nome não ajuda. Mas é inadmissível que a praça de Lisboa continue transformada numa feia pústula, um autêntico escarro, no coração do centro histórico.
A praça de Lisboa é um triângulo que fica no coração de um outro triângulo que tem como vértices alguns dos melhores símbolos do Porto - a Torre dos Clérigos, a Reitoria da Universidade e a Lello (a mais bonita livraria do Mundo, Enrique Villa-Lobos escreveu-o assim mesmo. no El Pais, sem a cautela do “provavelmente”, e nós não temos a mínima razão para duvidar dele).
A Bragaparques ganhou a concessão da praça por meio século (o que aparentemente demonstra que a via verde dos empreiteiros de Braga não é válida apenas para os municípios de governação rosa) com um projecto do arquitecto Pedro Balonas, em que uma mega livraria da Byblos no Porto seria a âncora para a ressurreição da praça.
Como a Byblos morreu em Lisboa, de morte matada, já lá vão três meses, acho que os portuenses já tinham obrigação de saber quem a vai substituir como âncora do ressurgimento da praça.
A mim ninguém me teria que ali há enguiço e o mais provável é que a maldição esteja relacionada com o nome. Por isso, pelo sim pelo não, eu começava por devolver à praça o seu nome original (praça do Anjo) e encomendava ao José Rodrigues uma nova estátua de um anjo - para ser colocada no lugar onde estava aquela que foi roubada e destruída por vândalos.
Jorge Fiel